São Paulo, terça-feira, 06 de novembro de 2007

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Jovens são presos suspeitos de agredir prostitutas no Rio

Segundo a polícia, eles disseram que só queriam se divertir

DA SUCURSAL DO RIO

Três estudantes de classe média do Rio foram detidos na madrugada de anteontem, acusados de agredir prostitutas e um travesti com pó químico de extintor de incêndio na praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Fernando Mattos Roiz, 19, Luciano Filgueiras Monteiro, 21, e um jovem de 17 anos, todos moradores da Barra, foram libertados depois de prestar depoimento.
Mas os dois jovens maiores de idade foram indiciados ontem sob a acusação de furto qualificado, injúria e de perturbar a ordem pública por motivo reprovável. Se condenados, podem pegar até oito anos de cadeia. A punição do adolescente depende da Vara da Infância e Juventude.
A Folha não conseguiu ouvir os acusados ontem, mas, segundo a polícia, os jovens afirmaram que haviam furtado o extintor de um shopping e alegaram que só queriam se divertir. Ninguém ficou ferido.
De acordo com a 16ª DP (Barra), onde o caso foi registrado, os jovens contaram que saíram de casa para se divertir por volta da 1h de anteontem.
Eles roubaram um extintor de incêndio de um shopping na Barra e, com o carro da mãe de Fernando Roiz, um Fiesta, foram até a praia e dispararam a fumaça com pó químico contra dois grupos de prostitutas, de acordo com a polícia.
Um engenheiro viu a agressão ao segundo grupo. Ele chamou a polícia e seguiu os agressores, que disseram ter se sentido intimidados com a perseguição e pararam ao lado de uma viatura da Polícia Militar. Os rapazes foram detidos na hora pelos policiais e levados para a delegacia, de acordo com a Polícia Militar.
Em depoimento, os três jovens se disseram arrependidos e queriam pedir desculpas às prostitutas e ao travesti, segundo a 16ª DP.
As vítimas foram à delegacia registrar o caso. Em depoimento, elas contaram, segundo a polícia, que costumam ser agredidas com ovos e garrafas, por jovens, com freqüência.
Foi na praia da Barra da Tijuca que, em junho passado, cinco jovens de classe média foram presos, acusados de espancar a empregada doméstica Sirlei Dias de Carvalho e duas prostitutas.


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