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Jovens são presos suspeitos de agredir prostitutas no Rio
Segundo a polícia, eles disseram que só queriam se divertir
DA SUCURSAL DO RIO
Três estudantes de classe
média do Rio foram detidos na
madrugada de anteontem, acusados de agredir prostitutas e
um travesti com pó químico de
extintor de incêndio na praia
da Barra da Tijuca, zona oeste
do Rio. Fernando Mattos Roiz,
19, Luciano Filgueiras Monteiro, 21, e um jovem de 17 anos,
todos moradores da Barra, foram libertados depois de prestar depoimento.
Mas os dois jovens maiores
de idade foram indiciados ontem sob a acusação de furto
qualificado, injúria e de perturbar a ordem pública por motivo
reprovável. Se condenados, podem pegar até oito anos de cadeia. A punição do adolescente
depende da Vara da Infância e
Juventude.
A Folha não conseguiu ouvir
os acusados ontem, mas, segundo a polícia, os jovens afirmaram que haviam furtado o
extintor de um shopping e alegaram que só queriam se divertir. Ninguém ficou ferido.
De acordo com a 16ª DP
(Barra), onde o caso foi registrado, os jovens contaram que
saíram de casa para se divertir
por volta da 1h de anteontem.
Eles roubaram um extintor
de incêndio de um shopping na
Barra e, com o carro da mãe de
Fernando Roiz, um Fiesta, foram até a praia e dispararam a
fumaça com pó químico contra
dois grupos de prostitutas, de
acordo com a polícia.
Um engenheiro viu a agressão ao segundo grupo. Ele chamou a polícia e seguiu os agressores, que disseram ter se sentido intimidados com a perseguição e pararam ao lado de
uma viatura da Polícia Militar.
Os rapazes foram detidos na
hora pelos policiais e levados
para a delegacia, de acordo com
a Polícia Militar.
Em depoimento, os três jovens se disseram arrependidos
e queriam pedir desculpas às
prostitutas e ao travesti, segundo a 16ª DP.
As vítimas foram à delegacia
registrar o caso. Em depoimento, elas contaram, segundo a
polícia, que costumam ser
agredidas com ovos e garrafas,
por jovens, com freqüência.
Foi na praia da Barra da Tijuca que, em junho passado, cinco jovens de classe média foram presos, acusados de espancar a empregada doméstica Sirlei Dias de Carvalho e duas
prostitutas.
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