São Paulo, terça-feira, 06 de novembro de 2007

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Elvino Silva Filho, escriturário

WILLIAN VIEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Cerca de um terço dos imóveis de Campinas dependeram da canetada de Elvino Silva Filho, cuja história se confundiu sempre com a do primeiro cartório de registros jurídicos e imobiliários da cidade. Herdado do pai, ele só o abandonaria aposentado -mas não sem antes passar o cargo para o filho.
Que o cartório continuaria sob o comando de três gerações de "Elvinos Silva" era coisa sabida na cidade -as taxas daquela circunscrição sempre foram as mais valorizada de Campinas.
Advogado nascido em Itapetininga (SP), Silva Filho foi professor da PUC, secretário municipal de Negócios Jurídicos, presidente da Cohab de Campinas -mas nada que lhe atraísse como o "seu" cartório. Que era, julgam os colegas, um modelo para todo o país, pioneiro na microfilmagem de arquivos e logo na informatização, mesmo quando quando mal se falava do assunto.
Um dos fundadores e duas vezes presidente do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (Irib), Silva Filho era considerado por colegas "um papa" em sua área. Citado com freqüência na doutrina e jurisprudência do registro imobiliário, seus pareceres eram disputados por advogados do Brasil inteiro.
Ele viveu "uma vida dedicada à paixão pelo registro de imóveis", concluiu uma reportagem especial da revista do instituto. Casado, deixou seis filhos -três deles trabalham até hoje no cartório-, 14 netos e três bisnetos. Morreu quinta do coração, aos 82 anos, em Campinas.


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