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Elvino Silva Filho, escriturário
WILLIAN VIEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Cerca de um terço dos
imóveis de Campinas dependeram da canetada de Elvino
Silva Filho, cuja história se
confundiu sempre com a do
primeiro cartório de registros jurídicos e imobiliários
da cidade. Herdado do pai,
ele só o abandonaria aposentado -mas não sem antes
passar o cargo para o filho.
Que o cartório continuaria
sob o comando de três gerações de "Elvinos Silva" era
coisa sabida na cidade -as
taxas daquela circunscrição
sempre foram as mais valorizada de Campinas.
Advogado nascido em Itapetininga (SP), Silva Filho foi
professor da PUC, secretário
municipal de Negócios Jurídicos, presidente da Cohab
de Campinas -mas nada que
lhe atraísse como o "seu"
cartório. Que era, julgam os
colegas, um modelo para todo o país, pioneiro na microfilmagem de arquivos e logo
na informatização, mesmo
quando quando mal se falava
do assunto.
Um dos fundadores e duas
vezes presidente do Instituto
de Registro Imobiliário do
Brasil (Irib), Silva Filho era
considerado por colegas "um
papa" em sua área. Citado
com freqüência na doutrina
e jurisprudência do registro
imobiliário, seus pareceres
eram disputados por advogados do Brasil inteiro.
Ele viveu "uma vida dedicada à paixão pelo registro de
imóveis", concluiu uma reportagem especial da revista
do instituto. Casado, deixou
seis filhos -três deles trabalham até hoje no cartório-,
14 netos e três bisnetos. Morreu quinta do coração, aos 82
anos, em Campinas.
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