São Paulo, quinta-feira, 06 de novembro de 2008

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No PR, corpo de garota de 9 anos é achado em mala

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O corpo de uma garota de 9 anos foi encontrado na madrugada de ontem dentro de uma mala abandonada na rodoviária de Curitiba. Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre havia desaparecido na tarde de segunda-feira, após freqüentar as aulas no Instituto de Educação do Paraná, no centro da capital.
A família suspeita que Rachel foi vítima de um pedófilo que a abordou no trajeto até o ônibus que a levaria para casa. O ponto onde a estudante costumava pegar o ônibus sozinha, quando os pais não podiam apanhá-la, fica na praça Rui Barbosa, a duas quadras do colégio.
Rachel foi encontrada seminua, vestida apenas com a camiseta da escola. Segundo a polícia, o corpo apresentava sinais de estrangulamento e violência sexual. O enterro de Rachel está previsto para as 10h de hoje.
A menina foi achada quando um vigilante foi chamado por passageiros que viram a mala, de cor preta, abandonada debaixo de uma escada. Ao revirar a mala, ele achou o corpo envolto em um lençol.
O delegado Naylor de Lima, da Delegacia de Homicídios, disse que todas as linhas de apuração serão consideradas. Uma das hipóteses é que Rachel possa ter sido atraída pelo criminoso por meio da internet.
A Secretaria da Segurança Pública do Paraná determinou sigilo na investigação. A polícia também fez uma checagem em prédios comerciais e residenciais que possuem câmeras para tentar identificar a pessoa que estava com Rachel. Na rodoviária, há câmeras só na área externa, e não nos corredores.
Rachel tinha uma página no Orkut. Nela, se registrou como se tivesse 20 anos, pois o site proíbe a titularidade de jovens com menos de 18 anos. Declarava ser fã de ginástica olímpica e de livros. Há cinco dias, ganhou um concurso de redação.
Em sinal de luto, a direção do Instituto de Educação do Paraná suspendeu as aulas ontem. Padrinho de Rachel, o soldado da PM Marcos Antônio Santos, 33, disse que os pais "estão em estado de choque". "Ela sofreu na mão de um monstro."
Rachel era filha de uma professora da rede estadual e de um universitário que cursa relações internacionais.


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