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PUC promove hoje pré-estreia de documentário sobre razões da violência
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
A PUC-SP promoverá hoje,
às 18h30, a pré-estreia de "Entre a Luz e a Sombra", documentário sobre a busca de respostas para os motivos da violência e que é baseado em três
destinos que se cruzaram na
extinta Casa de Detenção de
São Paulo, no Carandiru, durante anos o maior presídio da
América Latina.
Ao longo de sete anos, a documentarista Luciana Burlamaqui, 39, acompanhou as vidas da atriz Sophia Bisilliat
-que abandonou a carreira
para desenvolver projetos culturais no Carandiru nos anos
80, 90 e 2000- e dos detentos
Christian de Souza Augusto, o
Afro-X, e Marcos Fernandes
de Omena, o Dexter, que formavam a hoje extinta dupla de
rappers 509-E.
"Entre a Luz e a Sombra",
segundo Luciana Burlamaqui,
que é discípula do jornalista
Caco Barcellos, com quem trabalhou na investigação do livro
"Rota 66 -A História da Polícia que Mata", é o mergulho de
uma repórter em busca de respostas para a violência e para a
regeneração daqueles que cometem crimes.
A diretora Burlamaqui se
considera ainda uma discípula
do videojornalista norte-americano Jon Alpert, com quem
aprendeu nos anos 90 a técnica do documentário produzido
por uma só pessoa,
Após a exibição do documentário, Luciana Burlamaqui, Sophia e Afro-X -que
cumpriu pena por assalto e está livre- debaterão maneiras
sobre como se pode desenvolver uma cultura de paz. Também condenado por roubos,
Dexter permanece preso.
O debate ainda contará com
a presença de Carolina Dzimidas Haber, do Ministério da
Justiça, de Maria Stela Graciani, coordenadora do Núcleo de
Trabalhos Comunitários da
PUC-SP e de Osni Santos Gomes, coordenador da Sociedade Santos Mártires. Haverá
também a participação do juiz
Octávio de Barros Filho -que
é um personagem do documentário.
A pré-estreia hoje de "Entre
a Luz e a Sombra", escolhido
melhor documentário pelo público no Festival de Cinemas e
Culturas da América Latina de
Biarritz, na França, será no
Tuca, o auditório da PUC, que
fica na rua Monte Alegre,
1.024, Perdizes, São Paulo, tel.
0/xx/ 11/ 3670-8342/ 8453. A
entrada é franca.
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