São Paulo, domingo, 06 de novembro de 2011

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DEMÉTRIO DE MACEDO PEPICE (1979-2011)

Um jovem mestre dos concursos

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Demétrio de Macedo Pepice entrou em engenharia na Poli-USP nos anos 90, entre os dez primeiros candidatos.
Em 2004, ano em que se formou engenheiro mecânico, o paulistano prestou concurso para auditor da Comissão de Valores Mobiliários. Foi aprovado em primeiro.
Logo no ano seguinte, tornou-se auditor da Receita Federal depois de também ter passado em primeiro lugar.
Por fim, em 2006, alcançou a segunda posição na prova para fiscal de rendas do Estado de SP. Exerceu a função até a semana passada.
Desde garoto já tirava de letra no colégio matérias como matemática e física. Também costumava desmontar e montar facilmente equipamentos eletrônicos e passar o tempo com quebra-cabeças.
Por ter um pai agente fiscal e uma mãe auditora, quis seguir carreira pública. Para passar, estudava cerca de oito horas por dia, com pequenos intervalos de descanso.
Seus feitos o levaram a ser entrevistado por TVs, jornais e revistas e a dar palestras.
A irmã, Viviane, conta que, mesmo metido num universo competitivo como o dos concursos, Demétrio era generoso. Em fóruns de discussão, trocava materiais, mandava livros para quem precisava e divulgava planilhas, resumos e roteiros de estudo.
Era tímido e querido pelos colegas, conta a família.
Resolveu aprender piano clássico depois de adulto e adorava mergulhar -o que já fez em Cuba e na Tailândia.
Solteiro, morreu na segunda, aos 32, após sofrer uma parada cardíaca dormindo. Seu próximo passo era alcançar a mesma posição que o pai como fiscal de rendas.

coluna.obituario@uol.com.br


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