São Paulo, quarta-feira, 06 de dezembro de 2000

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Funcionários fazem manifestação

MELISSA DINIZ
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Cerca de 200 funcionários cooperados do Hospital Municipal Alípio Correia Neto (zona leste)- entre médicos, dentistas, enfermeiros e auxiliares- realizaram ontem uma manifestação, em frente à prefeitura, para reivindicar o pagamento dos salários, que estão atrasados desde outubro. O hospital, que compõe o módulo leste do Sims (Sistema Integrado Municipal de Saúde), antigo PAS Ermelino Matarazzo, atende 1.400 pessoas por dia e tem 880 funcionários cooperados.
Segundo o presidente da Cooper PAS-4, José Fernando Pontes -que atua nos cinco hospitais do módulo leste do Sims-, a responsabilidade pelo não-repasse da verba às cooperativas é do prefeito Celso Pitta (PTN). "Estamos aguardando a verba desde outubro, já fizemos duas reuniões com o prefeito e não queremos mais saber de promessas", afirma.
Segundo Pontes, não só os funcionários das quatro cooperativas, que atuam em toda rede, mas todos os fornecedores do Sims estão sem receber o pagamento.
A assistente social Maria Augusta Medeiros, que trabalha no hospital Alípio Correia Neto e participou da manifestação, disse que o secretário de Governo, Arnaldo Faria de Sá, comprometeu-se a pagar os 50% restantes dos salários de outubro ainda ontem.
Segundo a assistente, todos os funcionários do hospital ligados à cooperativa, receberam apenas metade do salário de outubro e ainda não receberam o de novembro. Até as 18h de ontem, os funcionários afirmam que o pagamento não havia sido feito.
Faria de Sá negou que tenha se comprometido a repassar a verba às cooperativas ainda ontem. "Eu simplesmente informei a eles que a liberação de verbas estaria autorizada para ontem, mas a Secretaria da Saúde leva um dia para isso." Segundo o secretário, serão repassados hoje R$ 20 milhões referentes à parcela de outubro.

Sem manutenção
Todos os hospitais que compõem os Sims estão passando por dificuldades por falta de verbas. Os funcionários do Alípio Correia Neto, um dos que mais sofrem com o problema, afirmam que falta material de trabalho e que os equipamentos não estão recebendo manutenção. "O material de reposição para manutenção dos equipamentos está em falta há um ano e alguns equipamentos já estão parados", afirma o funcionário L.F.S.



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