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Nos Estados Unidos, seqüestro de bebê brasileiro mobiliza o FBI
Garoto de 1 mês, filho de imigrantes ilegais, foi levado em cidade na Flórida
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE NOVA YORK
O seqüestro de um bebê brasileiro de um mês nos EUA mobilizou o FBI (a polícia federal
americana) e causa comoção no
país, com campanhas em programas de TV e cobertura nos
principais noticiários.
Bryan Gomes da Costa foi levado na última sexta-feira em
Fort Myers, na Flórida. Os pais,
Maria de Fátima Ramos dos
Santos, 23, faxineira, e Jurandir Gomes Costa, 26, pedreiro,
imigraram ilegalmente pela
fronteira com o México. Como
o bebê nasceu nos EUA e tem
cidadania americana, seus pais
não devem ser deportados.
Santos disse à polícia da Flórida que foi abordada por uma
mulher numa Blazer, que pedia
informações de trânsito em espanhol. Após aceitar carona
junto com a amiga Janice
Duarte, 22, que também levava
um bebê, a brasileira teria sido
ameaçada com uma faca num
estacionamento próximo e
obrigada a descer do carro.
"Por favor, devolva o meu bebê. Deixe-o com um bombeiro,
ou em qualquer quartel do Corpo de Bombeiros. Estou desesperada, sem dormir", disse
Santos, em português, à rede de
TV FOXNews.
"Nazaré"
O FBI disse suspeitar de crime premeditado. A seqüestradora levava cadeira de segurança para crianças e pacotes de
fraldas. Em Fort Myers, cidade
com 8.000 brasileiros, segundo
estatísticas da prefeitura, o caso ficou conhecido como "Nazaré", alusão à personagem que
comete o mesmo crime na novela "Senhora do Destino". A
suspeita é uma mulher branca
de cabelos negros, aparentemente de origem hispânica,
com idade entre 28 e 30 anos.
"Procuramos alguém muito
esperto. Ela tinha uma poltrona de bebê, um pacote de fraldas e nenhuma criança. Ela estava preparada para cometer o
crime", disse o sargento Mike
Carr. Uma das hipóteses é que a
seqüestradora seja uma mulher
que sofreu um aborto ou perdeu um filho há pouco tempo.
"Estamos em campanha para
ajudar a trazer o pequeno
Bryan de volta. A família está
em dor", afirmou o pastor Israel Suarez, que lidera uma milícia com outros brasileiros para a busca da suspeita.
Uma das pistas da polícia é
uma gravação de uma secretária eletrônica. Enquanto esteve
com as mães, a seqüestradora
usou o celular de uma delas para fazer uma ligação para um
número ainda não identificado.
No sábado, o programa
"America's Most Wanted"
("Mais procurados dos EUA")
deve ser dedicado ao seqüestro,
caso até lá o bebê ainda não tenha sido encontrado.
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