São Paulo, quinta-feira, 06 de dezembro de 2007

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Mulher é presa sob a acusação de fingir ser médica

Para delegado, Adriana Fattori Giuberti falsificou documentos para conseguir emprego em Capão Bonito e Angatuba (SP)

Ainda segundo a polícia, a suposta falsa médica recebia orientações pelo celular sobre como proceder durante os atendimentos

DA FOLHA ONLINE

Uma mulher foi presa pela Polícia Civil em um serviço médico de saúde da Unimed Paulistana na zona leste de São Paulo, suspeita de exercer ilegalmente a medicina. A prisão ocorreu na segunda-feira à noite, durante um plantão que ela prestava no local.
Segundo o delegado Hélio da Silva Rolim, da Polícia Civil em Angatuba (210 km de SP), que pediu a prisão da suspeita, Adriana Fattori Tonet Giuberti falsificou uma carteira de identificação da médica Adriana dos Reis Nina. Giuberti está presa na cadeia de Capela do Alto (130 km da capital), região de Angatuba.
Com documentos falsos em nome de Nina, que tem registro profissional no CRM (Conselho Regional de Medicina), Giuberti teria conseguido emprego em serviços de saúde de Capão Bonito (226 km de SP) e na Santa Casa de Angatuba.
A suspeita de que Giuberti exercia medicina ilegalmente foi da direção do hospital de Angatuba. Segundo o delegado, o hospital achou estranha a postura dela, pois, toda vez que realizava uma consulta, ligava de um celular para pessoas não identificadas pela polícia e recebia orientações de como proceder o atendimento. "A direção do hospital achou estranho e descobriu que a médica Nina de fato existia, só que atuava em outro local", disse Rolim.
No dia 14 de novembro a Santa Casa de Angatuba fez uma denúncia à Polícia Civil. A suposta falsa médica fugiu e passou a ser monitorada por escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, segundo o delegado.
Ainda segundo Rolim, Giuberti teria sido contratada pela empresa Coopermult (Cooperativa de Profissionais da Área de Saúde) com os documentos de Nina, sem que a cooperativa tivesse detectado a fraude. Por sua vez, a Coopermult teria oferecido os serviços à Unimed.
Giuberti foi presa às 19h de segunda. Ela estava em uma unidade da Unimed na av. Celso Garcia, no Tatuapé (zona leste). Segundo o site da empresa, no local funciona um CPA (Centro de Procedimentos e Apoio), um pronto-atendimento para urgência e emergência e exames laboratoriais.
Segundo Rolim, Giuberti alegou que cursou medicina na Bolívia, na Unitepec (Universidade Privada Técnica Cosmos), localizada em Cochabamba.
Ela teria dito ainda que fez especialização em medicina e teria atuado em outras partes do país. O CRM disse que Giuberti não tem registro e informou que casos de pessoas que cursaram medicina fora do país e não conseguem reconhecimento do diploma são comuns.


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