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Mulher é presa sob a acusação de fingir ser médica
Para delegado, Adriana Fattori Giuberti falsificou documentos para conseguir emprego em Capão Bonito e Angatuba (SP)
Ainda segundo a polícia, a suposta falsa médica
recebia orientações pelo celular sobre como proceder
durante os atendimentos
DA FOLHA ONLINE
Uma mulher foi presa pela
Polícia Civil em um serviço médico de saúde da Unimed Paulistana na zona leste de São
Paulo, suspeita de exercer ilegalmente a medicina. A prisão
ocorreu na segunda-feira à noite, durante um plantão que ela
prestava no local.
Segundo o delegado Hélio da
Silva Rolim, da Polícia Civil em
Angatuba (210 km de SP), que
pediu a prisão da suspeita,
Adriana Fattori Tonet Giuberti
falsificou uma carteira de identificação da médica Adriana
dos Reis Nina. Giuberti está
presa na cadeia de Capela do
Alto (130 km da capital), região
de Angatuba.
Com documentos falsos em
nome de Nina, que tem registro
profissional no CRM (Conselho Regional de Medicina),
Giuberti teria conseguido emprego em serviços de saúde de
Capão Bonito (226 km de SP) e
na Santa Casa de Angatuba.
A suspeita de que Giuberti
exercia medicina ilegalmente
foi da direção do hospital de
Angatuba. Segundo o delegado,
o hospital achou estranha a
postura dela, pois, toda vez que
realizava uma consulta, ligava
de um celular para pessoas não
identificadas pela polícia e recebia orientações de como proceder o atendimento. "A direção do hospital achou estranho
e descobriu que a médica Nina
de fato existia, só que atuava
em outro local", disse Rolim.
No dia 14 de novembro a Santa Casa de Angatuba fez uma
denúncia à Polícia Civil. A suposta falsa médica fugiu e passou a ser monitorada por escutas telefônicas autorizadas pela
Justiça, segundo o delegado.
Ainda segundo Rolim, Giuberti teria sido contratada pela
empresa Coopermult (Cooperativa de Profissionais da Área
de Saúde) com os documentos
de Nina, sem que a cooperativa
tivesse detectado a fraude. Por
sua vez, a Coopermult teria oferecido os serviços à Unimed.
Giuberti foi presa às 19h de
segunda. Ela estava em uma
unidade da Unimed na av. Celso Garcia, no Tatuapé (zona
leste). Segundo o site da empresa, no local funciona um CPA
(Centro de Procedimentos e
Apoio), um pronto-atendimento para urgência e emergência e
exames laboratoriais.
Segundo Rolim, Giuberti alegou que cursou medicina na
Bolívia, na Unitepec (Universidade Privada Técnica Cosmos),
localizada em Cochabamba.
Ela teria dito ainda que fez
especialização em medicina e
teria atuado em outras partes
do país. O CRM disse que Giuberti não tem registro e informou que casos de pessoas que
cursaram medicina fora do país
e não conseguem reconhecimento do diploma são comuns.
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