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Plantão Médico
Motivação pode evitar bebida
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
O ano de 2007 já começou,
mas as festas e baladas continuam, locais onde as bebidas
alcoólicas tanto podem ser
consumidas de forma moderada, o que é desejável, quanto
exagerada. Neste último caso,
a ressaca é um dos menores
males. O excessivo e compulsivo consumo de álcool nas
festas e baladas, denominado
"binge drinking", está usualmente associado a um aumento do risco de ser adquirida uma doença sexualmente
transmitida ou, também, uma
gravidez indesejada.
R. K. Foster e H. E. Marriott
lembram no "Nutrition Bulletin" de dezembro o risco da
bebida alcoólica associado a
condições de saúde preexistentes, como o de agravar os
sintomas de uma úlcera.
Na gestação, acrescentam,
pode afetar o desenvolvimento do sistema nervoso central
do bebê que está por nascer e,
consumido em excesso, o álcool coloca o feto em risco de
apresentar a síndrome alcoólica fetal. Os autores também
destacam a necessidade da
existência de campanhas para
mudar a "cultura da bebida"
nos eventos, pelo significativo
custo econômico e de saúde.
Além das campanhas educativas, uma forma de aconselhamento, denominada "intervenção motivacional" para
os casos de "binge drinking" é
sugerida no "American Journal of Preventive Medicine".
Karen Ingersoll e colaboradores do Departamento de
Psiquiatria e Ciências do
Comportamento da Universidade da Virgínia, EUA, relatam que, após quatro sessões
de intervenção motivacional,
dobra a probabilidade de as
mulheres com tendência a
"binge drinking" saírem da categoria de alto risco para a de
baixo risco de exposição ao álcool durante a gravidez.
julio@uol.com.br
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