São Paulo, domingo, 07 de janeiro de 2007

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Plantão Médico

Motivação pode evitar bebida

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

O ano de 2007 já começou, mas as festas e baladas continuam, locais onde as bebidas alcoólicas tanto podem ser consumidas de forma moderada, o que é desejável, quanto exagerada. Neste último caso, a ressaca é um dos menores males. O excessivo e compulsivo consumo de álcool nas festas e baladas, denominado "binge drinking", está usualmente associado a um aumento do risco de ser adquirida uma doença sexualmente transmitida ou, também, uma gravidez indesejada.
R. K. Foster e H. E. Marriott lembram no "Nutrition Bulletin" de dezembro o risco da bebida alcoólica associado a condições de saúde preexistentes, como o de agravar os sintomas de uma úlcera.
Na gestação, acrescentam, pode afetar o desenvolvimento do sistema nervoso central do bebê que está por nascer e, consumido em excesso, o álcool coloca o feto em risco de apresentar a síndrome alcoólica fetal. Os autores também destacam a necessidade da existência de campanhas para mudar a "cultura da bebida" nos eventos, pelo significativo custo econômico e de saúde.
Além das campanhas educativas, uma forma de aconselhamento, denominada "intervenção motivacional" para os casos de "binge drinking" é sugerida no "American Journal of Preventive Medicine".
Karen Ingersoll e colaboradores do Departamento de Psiquiatria e Ciências do Comportamento da Universidade da Virgínia, EUA, relatam que, após quatro sessões de intervenção motivacional, dobra a probabilidade de as mulheres com tendência a "binge drinking" saírem da categoria de alto risco para a de baixo risco de exposição ao álcool durante a gravidez.

julio@uol.com.br


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