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Incendiado no ES o 6º ônibus desde o dia 29
Bilhete deixado pelos criminosos reivindica melhorias para o sistema carcerário; polícia prende 5 suspeitos
MARIO HUGO MONKEN
ENVIADO ESPECIAL AO ESPÍRITO SANTO
Foi incendiado anteontem à
noite, no Espírito Santo, o sexto ônibus desde o último dia 29.
A ação criminosa ocorreu no
município de Vila Velha, por
volta das 22h20.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado,
dois homens armados entraram no ônibus e renderam o
motorista, o cobrador e dois
passageiros. Depois, ordenaram que descessem e atearam
fogo no veículo.
Antes de fugir, os criminosos
deixaram um bilhete, em que
reivindicam melhorias para o
sistema carcerário estadual.
Em resposta à ação, a polícia
capixaba anunciou ontem cedo
a prisão de cinco suspeitos.
As investigações levaram
ainda à apreensão de um Gol
-que, segundo a polícia, pertence a um dos suspeitos detidos. No interior do veículo, havia garrafas plásticas cheias de
gasolina. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.
Catanduvas
A polícia capixaba investiga
reservadamente a informação
de que a série de ataques ocorrida na região metropolitana de
Vitória teria sido tramada no
presídio de segurança máxima
de Catanduvas (PR).
A suspeita dos policiais é que
a ordem teria partido do traficante e assaltante de bancos
José Antônio Marin, o Toninho
Pavão, preso na penitenciária
paranaense, que controla várias bocas-de-fumo na Grande
Vitória e foi acusado de comandar outros atentados no Espírito Santo no ano passado.
Durante os ataques, cinco
ônibus e um carro da Polícia Civil foram incendiados. Houve
uma rebelião e um incêndio em
uma penitenciária.
A principal evidência da participação de Pavão é o fato de a
polícia ter descoberto que 15
detentos que estavam na Casa
de Custódia de Viana transmitiram as ordens para os ataques. Destes, pelo menos três
pertencem a quadrilha de Pavão, segundo o governo capixaba. Todos eles foram transferidos para Catanduvas no dia 30.
Rebelião
Ontem, por volta 10h, cerca
de cem presos do complexo penitenciário de Viana (ES) se rebelaram contra o fim das visitas. Eles queimaram colchões,
mas a situação foi controlada
pela PM. Não houve feridos.
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