São Paulo, domingo, 07 de janeiro de 2007

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Incendiado no ES o 6º ônibus desde o dia 29

Bilhete deixado pelos criminosos reivindica melhorias para o sistema carcerário; polícia prende 5 suspeitos

MARIO HUGO MONKEN
ENVIADO ESPECIAL AO ESPÍRITO SANTO

Foi incendiado anteontem à noite, no Espírito Santo, o sexto ônibus desde o último dia 29. A ação criminosa ocorreu no município de Vila Velha, por volta das 22h20.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado, dois homens armados entraram no ônibus e renderam o motorista, o cobrador e dois passageiros. Depois, ordenaram que descessem e atearam fogo no veículo.
Antes de fugir, os criminosos deixaram um bilhete, em que reivindicam melhorias para o sistema carcerário estadual. Em resposta à ação, a polícia capixaba anunciou ontem cedo a prisão de cinco suspeitos.
As investigações levaram ainda à apreensão de um Gol -que, segundo a polícia, pertence a um dos suspeitos detidos. No interior do veículo, havia garrafas plásticas cheias de gasolina. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.

Catanduvas
A polícia capixaba investiga reservadamente a informação de que a série de ataques ocorrida na região metropolitana de Vitória teria sido tramada no presídio de segurança máxima de Catanduvas (PR).
A suspeita dos policiais é que a ordem teria partido do traficante e assaltante de bancos José Antônio Marin, o Toninho Pavão, preso na penitenciária paranaense, que controla várias bocas-de-fumo na Grande Vitória e foi acusado de comandar outros atentados no Espírito Santo no ano passado.
Durante os ataques, cinco ônibus e um carro da Polícia Civil foram incendiados. Houve uma rebelião e um incêndio em uma penitenciária.
A principal evidência da participação de Pavão é o fato de a polícia ter descoberto que 15 detentos que estavam na Casa de Custódia de Viana transmitiram as ordens para os ataques. Destes, pelo menos três pertencem a quadrilha de Pavão, segundo o governo capixaba. Todos eles foram transferidos para Catanduvas no dia 30.

Rebelião
Ontem, por volta 10h, cerca de cem presos do complexo penitenciário de Viana (ES) se rebelaram contra o fim das visitas. Eles queimaram colchões, mas a situação foi controlada pela PM. Não houve feridos.


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