|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bebê de dois anos morre asfixiado após ser esquecido no carro pelo pai
Caso foi em Porto Alegre; menino ficou em estacionamento por duas horas
RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA
Uma criança de dois anos
morreu asfixiada dentro de um
carro após ter sido esquecida
pelo pai, na tarde de sexta-feira,
em Porto Alegre (RS).
O pai do menino deveria levá-lo à creche, mas esqueceu o
bebê -que dormia em uma cadeirinha no banco traseiro do
carro- e seguiu para o trabalho, no bairro Santana.
O automóvel foi deixado no
estacionamento da firma, que
não é coberto.
O inspetor de Polícia Civil
Jaírton Pescador disse que a
tarde estava muito quente e
que um laudo preliminar informou que a morte da criança
ocorreu por asfixia.
O menino ficou no carro das
15h30 até as 17h30, quando o
pai chegou ao local e tentou socorrê-lo. O bebê foi levado às
pressas ao hospital Porto Alegre, mas já chegou sem vida.
O próprio pai procurou a Polícia Civil para informar as circunstâncias da morte da criança, ainda na sexta-feira.
Ele deverá depor hoje na Polícia Civil. Poderá responder
por homicídio culposo (sem intenção de matar) -cuja pena
varia de um a três anos de reclusão. Mas também é possível
que receba a suspensão condicional em caso de processo.
O enterro do menino foi anteontem. "Ele [o pai] chorava
muito e disse que era impossível avaliarmos o que ele estava
passando. A mãe da criança
nem tinha condições de falar",
disse Pescador.
Outros casos
Em abril de 2007, um menino com um ano e quatro meses
morreu ao ser esquecido no
carro pelo pai, o biólogo Ricardo Garcia, em Guarulhos
(Grande SP). Ele disse que estava nos primeiros dias de férias e
teve a rotina mudada.
A criança sofreu uma parada
cardiorrespiratória. Em maio, o
biólogo foi denunciado pelo
Ministério Público por homicídio culposo. O promotor Ricardo Manuel Castro disse, em
texto à 6ª Vara Criminal de
Guarulhos, que era "lícito" o pai
passar pelo constrangimento
do processo criminal "para demonstrar que a sociedade reprovava a sua conduta como
péssimo pai e ser humano".
Em abril de 2006, um garoto
de um ano e três meses também morreu em São Paulo pelo
mesmo motivo. O pai, o administrador Carlos Alberto Legal,
recebeu a suspensão condicional do processo.
Texto Anterior: Há 50 anos Próximo Texto: Segurança pública: Polícia Civil remaneja 500 delegados para a Grande SP Índice
|