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UNICAMP
Residentes paralisam atividades contra falta de anestesistas
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
Cerca de cem médicos residentes do Hospital de Clínicas da Unicamp estão com
suas atividades paralisadas
desde anteontem em protesto contra a redução de cirurgias no hospital por falta de
anestesistas.
Para eles, a redução de
procedimentos cirúrgicos
prejudica a sua formação,
além de aumentar as filas
nos atendimentos.
Em dezembro, a direção
do hospital determinou corte de 30% de procedimentos
cirúrgicos devido à falta de
anestesistas. O HC faz, em
média, 50 cirurgias por dia,
sendo de 15 a 20 eletivas (que
não são urgentes).
O hospital tem 12 salas que
deveriam funcionar 12 horas
por dia, durante cinco dias da
semana, mas dez delas estão
sem atividades por falta de
anestesistas.
Em razão da paralisação,
pelo menos 20 cirurgias eletivas agendadas foram adiadas nos dois últimos dias.
A direção do HC diz que
faltam anestesistas há pelo
menos um ano e que a situação se agravou no segundo
semestre de 2008. Segundo o
hospital, há vagas para 35
profissionais, mas hoje são
só 25 contratados. No período de férias, o número caiu
para 20 profissionais.
A principal dificuldade para manter os anestesistas
formados, diz o hospital, é a
diferença entre os salários
pagos no HC (R$ 4.300 por
mês) e na rede privada (cerca
de R$ 8.000).
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