|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Chuva atrapalha resgate em ponte que ruiu no RS
DA AGÊNCIA FOLHA
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA,
EM AGUDO (RS)
A chuva e a correnteza prejudicaram os trabalhos de resgate
na área da ponte que foi arrastada no rio Jacuí, em Agudo
(250 km de Porto Alegre), na
manhã de terça-feira. Até o começo da noite de ontem, as
equipes de busca não acharam
mais sobreviventes ou corpos.
Os bombeiros procuram por
cinco pessoas desaparecidas.
Oito pessoas foram resgatadas
pelas equipes logo após o desabamento. O número de sobreviventes chega a dez, já que
duas pessoas saíram do rio sozinhas, ainda na terça, e só avisaram os bombeiros ontem.
Testemunhas relataram que,
com a queda, mais pessoas caíram nas águas e não foram salvas, mas moradores da região
só notificaram o desaparecimento de cinco pessoas.
O major Jarbas Ávila, que
coordena os trabalhos, afirma
que as equipes ainda têm esperança de encontrar pessoas
com vida nas águas, mas que o
trabalho já inclui a busca de
corpos submersos com o auxílio de mergulhadores.
O resgate começou com atraso na manhã de ontem por causa do mau tempo. Apenas um
helicóptero dos bombeiros fez
buscas. A área de procura se estende por 30 km ao longo do rio
a partir das ruínas da ponte. As
equipes de resgate trouxeram
um equipamento que detecta
calor à distância para facilitar a
localização de sobreviventes.
As águas do rio Jacuí baixaram ontem, mas ainda cobrem
plantações e casas. O leito do
rio na área da ponte, que possuía 300 metros de largura,
agora tem cerca de 5 km.
A governadora Yeda Crusius
(PSDB) disse, em entrevista a
uma rádio, que a ponte não será
reparada e que uma nova estrutura será construída no local.
Falou ainda que pediu uma
avaliação de todas as pontes de
responsabilidade do Estado.
No momento em que a ponte
desabou anteontem em Agudo,
o vice-prefeito Hilberto Boeck
(PMDB) fazia no local um levantamento sobre os estragos
causados pelas chuvas com a
intenção de decretar estado de
calamidade pública na cidade.
Ele é um dos cinco desaparecidos procurados pelas equipes.
Boeck, 55, que também é
agricultor, vistoriou no mesmo
dia plantações de arroz atingidas pelas inundações. Ele havia
ido à ponte fotografar as cheias.
Ontem, parentes e amigos de
vítimas se reuniram no local do
desabamento para obter mais
detalhes sobre as buscas. A notícia do resgate de um possível
sobrevivente no rio animou familiares, mas logo foi desmentida pelas equipes de busca.
Com o desabamento, moradores de Agudo sofrem para se
deslocar pela região. A ponte
era o principal acesso à cidade.
Texto Anterior: Serra cobra rapidez de órgãos do patrimônio Próximo Texto: Rio diminuiu verbas contra enchentes Índice
|