São Paulo, quinta-feira, 07 de janeiro de 2010

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Chuva atrapalha resgate em ponte que ruiu no RS

DA AGÊNCIA FOLHA
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM AGUDO (RS)

A chuva e a correnteza prejudicaram os trabalhos de resgate na área da ponte que foi arrastada no rio Jacuí, em Agudo (250 km de Porto Alegre), na manhã de terça-feira. Até o começo da noite de ontem, as equipes de busca não acharam mais sobreviventes ou corpos.
Os bombeiros procuram por cinco pessoas desaparecidas. Oito pessoas foram resgatadas pelas equipes logo após o desabamento. O número de sobreviventes chega a dez, já que duas pessoas saíram do rio sozinhas, ainda na terça, e só avisaram os bombeiros ontem.
Testemunhas relataram que, com a queda, mais pessoas caíram nas águas e não foram salvas, mas moradores da região só notificaram o desaparecimento de cinco pessoas.
O major Jarbas Ávila, que coordena os trabalhos, afirma que as equipes ainda têm esperança de encontrar pessoas com vida nas águas, mas que o trabalho já inclui a busca de corpos submersos com o auxílio de mergulhadores.
O resgate começou com atraso na manhã de ontem por causa do mau tempo. Apenas um helicóptero dos bombeiros fez buscas. A área de procura se estende por 30 km ao longo do rio a partir das ruínas da ponte. As equipes de resgate trouxeram um equipamento que detecta calor à distância para facilitar a localização de sobreviventes.
As águas do rio Jacuí baixaram ontem, mas ainda cobrem plantações e casas. O leito do rio na área da ponte, que possuía 300 metros de largura, agora tem cerca de 5 km.
A governadora Yeda Crusius (PSDB) disse, em entrevista a uma rádio, que a ponte não será reparada e que uma nova estrutura será construída no local. Falou ainda que pediu uma avaliação de todas as pontes de responsabilidade do Estado.
No momento em que a ponte desabou anteontem em Agudo, o vice-prefeito Hilberto Boeck (PMDB) fazia no local um levantamento sobre os estragos causados pelas chuvas com a intenção de decretar estado de calamidade pública na cidade. Ele é um dos cinco desaparecidos procurados pelas equipes.
Boeck, 55, que também é agricultor, vistoriou no mesmo dia plantações de arroz atingidas pelas inundações. Ele havia ido à ponte fotografar as cheias.
Ontem, parentes e amigos de vítimas se reuniram no local do desabamento para obter mais detalhes sobre as buscas. A notícia do resgate de um possível sobrevivente no rio animou familiares, mas logo foi desmentida pelas equipes de busca.
Com o desabamento, moradores de Agudo sofrem para se deslocar pela região. A ponte era o principal acesso à cidade.


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