São Paulo, quinta-feira, 07 de janeiro de 2010

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São Sebastião barra tráfego de caminhão pesado na Rio-Santos

Prefeito restringe por decreto veículos com quatro ou mais eixos em trecho onde deslizamento deixou tubulação exposta

Prefeitura diz que medida visa proteger motoristas e abastecimento, já que a adutora fornece água para toda a costa norte e o centro

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
ENVIADO A SÃO SEBASTIÃO

Caminhões pesados estão proibidos no km 116 da Rio-Santos (SP-55), entre as praias Cigarras e Enseada, no litoral norte de São Paulo, segundo um decreto assinado anteontem pelo prefeito de São Sebastião, Ernani Primazzi (PSC).
No local, a rodovia afundou com a chuva. Só a pista no sentido Caraguatatuba-São Sebastião está aberta ao tráfego, que ficou mais complicado numa região em que já era lento -a estrada é estreita e sinuosa.
O trecho é rota obrigatória para quem vai à costa norte e ao centro de São Sebastião e também à balsa que leva a Ilhabela.
A restrição vale para veículos com quatro ou mais eixos. Foi adotada a fim de proteger a tubulação da Sabesp exposta por um deslizamento na rodovia.
Caminhões de lixo estão liberados no local, conhecido como "curva dos eucaliptos". Segundo a prefeitura, a restrição não afetará o abastecimento de comida na costa norte da cidade - será feito por veículos leves.
A adutora da Sabesp é responsável pelo fornecimento de água para toda a costa norte e o centro de São Sebastião. Técnicos da Sabesp estudam com o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) do Estado uma forma de mudar a tubulação para um local mais seguro.
A fiscalização da rodovia cabe ao Estado, por meio do DER e da Polícia Rodoviária Estadual. A prefeitura informou que a decisão foi tomada com base em parecer da Procuradoria do município e visa garantir a segurança dos motoristas e o abastecimento de água.
A prefeitura afirma que fiscalizará o trecho, mas não informou se aplicará multas aos caminhoneiros infratores.

Obra de emergência
O DER implantou no local uma operação pare-siga, em que passam pelo trecho ora veículos de um sentido ora de outro, o que atrasa as viagens.
O promotor de Justiça Luiz Fernando Guedes, que trabalha em São Sebastião e usa a via diariamente, diz que demorou 40 minutos para percorrer o trajeto afetado. "Fiquei muito tempo parado hoje [ontem]", afirmou Guedes.
Também passam por ali veículos pesados que utilizam o porto de São Sebastião.
O DER iniciou uma obra de emergência para implantar uma pista alternativa, sobre o acostamento, que deve estar concluída nos próximos dias.
O DER não havia se manifestado a respeito do decreto da prefeitura de São Sebastião até a conclusão desta edição.


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