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São Sebastião barra tráfego de caminhão pesado na Rio-Santos
Prefeito restringe por decreto veículos com quatro ou mais eixos em trecho onde deslizamento deixou tubulação exposta
Prefeitura diz que medida visa proteger motoristas e abastecimento, já que a adutora fornece água para toda a costa norte e o centro
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
ENVIADO A SÃO SEBASTIÃO
Caminhões pesados estão
proibidos no km 116 da Rio-Santos (SP-55), entre as praias
Cigarras e Enseada, no litoral
norte de São Paulo, segundo
um decreto assinado anteontem pelo prefeito de São Sebastião, Ernani Primazzi (PSC).
No local, a rodovia afundou
com a chuva. Só a pista no sentido Caraguatatuba-São Sebastião está aberta ao tráfego, que
ficou mais complicado numa
região em que já era lento -a
estrada é estreita e sinuosa.
O trecho é rota obrigatória
para quem vai à costa norte e ao
centro de São Sebastião e também à balsa que leva a Ilhabela.
A restrição vale para veículos
com quatro ou mais eixos. Foi
adotada a fim de proteger a tubulação da Sabesp exposta por
um deslizamento na rodovia.
Caminhões de lixo estão liberados no local, conhecido como
"curva dos eucaliptos". Segundo a prefeitura, a restrição não
afetará o abastecimento de comida na costa norte da cidade
- será feito por veículos leves.
A adutora da Sabesp é responsável pelo fornecimento de
água para toda a costa norte e o
centro de São Sebastião. Técnicos da Sabesp estudam com o
DER (Departamento de Estradas de Rodagem) do Estado
uma forma de mudar a tubulação para um local mais seguro.
A fiscalização da rodovia cabe ao Estado, por meio do DER
e da Polícia Rodoviária Estadual. A prefeitura informou
que a decisão foi tomada com
base em parecer da Procuradoria do município e visa garantir
a segurança dos motoristas e o
abastecimento de água.
A prefeitura afirma que fiscalizará o trecho, mas não informou se aplicará multas aos caminhoneiros infratores.
Obra de emergência
O DER implantou no local
uma operação pare-siga, em
que passam pelo trecho ora veículos de um sentido ora de outro, o que atrasa as viagens.
O promotor de Justiça Luiz
Fernando Guedes, que trabalha
em São Sebastião e usa a via
diariamente, diz que demorou
40 minutos para percorrer o
trajeto afetado. "Fiquei muito
tempo parado hoje [ontem]",
afirmou Guedes.
Também passam por ali veículos pesados que utilizam o
porto de São Sebastião.
O DER iniciou uma obra de
emergência para implantar
uma pista alternativa, sobre o
acostamento, que deve estar
concluída nos próximos dias.
O DER não havia se manifestado a respeito do decreto da
prefeitura de São Sebastião até
a conclusão desta edição.
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