São Paulo, sexta-feira, 07 de janeiro de 2011

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MARIA APARECIDA TOSCHI LOMONACO (1935-2011)

Nina, aos 40, foi ser historiadora

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Para Nina, a máxima de que a vida começa aos 40 realmente funcionou, conta a família. Quando atingiu a idade, separada e com três filhos, Maria Aparecida Toschi Lomonaco tornou-se guia no Museu do Ipiranga, em SP, e foi estudar história na PUC.
Deu assim início a uma carreira que incluiu, entre outras funções, a direção do Departamento de Patrimônio Histórico da Prefeitura de SP, a coordenação da revitalização do Museu Anchieta (de onde foi também curadora) e a organização dos acervos do Mappin e da Bovespa.
O apelido, Maria Aparecida pegou do pai, Caetano, um comerciário e combatente da Revolução de 1932 conhecido como Nino. Educada pela mãe para o casamento, aos 20 ela já tinha marido.
Muito "acesa" e "ligada", nas palavras da família, Nina incentivou o marido a fazer engenharia. Após se separar, decidiu ela mesma ir estudar, vontade antes reprimida.
Gostava de cinema e literatura. Especializada na história de SP e da Companhia de Jesus, participou dos livros "Os Nascimentos de São Paulo" e "450 Anos de História da Medicina Paulista". Fez também o prefácio de "São Paulo - Pátio do Colégio".
Quando a filha se mudou para Santa Isabel do Ivaí (PR), ela decidiu escrever a história da cidade. Montou até um pequeno museu lá.
Há dois anos, descobriu um câncer. No sábado, devido à doença, morreu aos 75. Deixa seis netos e a mãe, Maria Paula, que fará 102 no dia 25, aniversário de São Paulo.
A missa do sétimo dia será hoje, às 19h, na igreja de São Luís Gonzaga, na avenida Paulista, 2.378, em SP.

coluna.obituario@uol.com.br


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