São Paulo, quarta-feira, 07 de fevereiro de 2001

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Casos serão decididos pela direção nacional

KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

O destino do prefeito de Quixadá (CE), Ilário Marques, no PT será decidido pelos integrantes da Executiva Nacional de seu partido. Ele se nega a exonerar a mulher, Raquel Marques, do cargo de secretária da Saúde e Ação Social.
A Executiva Estadual, em reunião anteontem à noite, decidiu que cabe à Executiva Nacional um posicionamento a respeito da questão.
"O caso da Raquel é uma exceção, porque todos nós sabemos que ela é competente e capaz de exercer o cargo", disse o presidente estadual do PT, José Nobre Guimarães.
Apesar de ter decidido não se antecipar a uma posição da direção nacional do partido, a Executiva Estadual petista promete cumprir qualquer punição que seja determinada pela Executiva Nacional.
"Não adianta a gente querer tomar uma decisão isolada aqui, enquanto existem tantas outras denúncias de nepotismo em outras prefeituras", disse Guimarães.
O PT determina que os prefeitos eleitos do partido não contratem nenhum parente (até terceiro grau) nas administrações municipais.
Desde que foi denunciado, Ilário afirma que não irá demitir a mulher. Ela já foi secretária na primeira administração do marido em Quixadá (156 km de Fortaleza), entre 1993 e 1996, e trabalhou no governo do Estado. Raquel cursa mestrado em saúde pública.
A reunião da Executiva Nacional que deverá decidir o futuro de prefeitos acusados de nepotismo acontecerá entre os dias 9 e 11 de março. Até lá, Raquel fica no cargo, segundo o próprio prefeito.



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