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Não precisava ouvir os peritos agora, diz juiz
DA REPORTAGEM LOCAL
Autor da decisão que vetou
os pousos de três tipos de
avião em Congonhas, o juiz
federal Ronald de Carvalho
Filho, da 22ª Vara Cível, disse que não são consultados
peritos nessa fase do processo. "A atuação de peritos é
em momento processual
posterior. Nesta fase, retardaria a decisão", disse o juiz
ao responder via e-mail.
Segundo Carvalho Filho,
liminares como a apresentada pelos procuradores em
busca do fechamento da pista exigem decisão rápida.
Ele disse acreditar que as
demais aeronaves têm segurança para aterrissar no local. "As outras aeronaves, de
acordo com os dados do processo, necessitam de comprimento da pista inferior para
pouso em pista molhada, do
que decorre que há mais segurança. Se houver aquaplanagem, existe mais espaço."
Carvalho Filho tomou a
decisão após analisar documentos entregues pela Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac). Segundo seus assessores, levou em conta ainda
as derrapagens na pista ocorridas nos últimos meses.
"Note-se que a pista [...]
não dispõe de áreas de escape de modo que, no caso de a
aeronave não conseguir fazer o pouso nos 1980 metros
da pista, o acidente aéreo é
inevitável", afirmou o juiz.
O juiz pediu à Anac informação sobre a distância necessária para pouso na chuva
do Boeing 737-400.
Como a agência não respondeu, o juiz deu prazo de
72 horas, contados a partir
de ontem, para que apresente as explicações, sob pena de
proibição da operação da aeronave no aeroporto.
(FL)
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