São Paulo, quarta-feira, 07 de fevereiro de 2007

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Não precisava ouvir os peritos agora, diz juiz

DA REPORTAGEM LOCAL

Autor da decisão que vetou os pousos de três tipos de avião em Congonhas, o juiz federal Ronald de Carvalho Filho, da 22ª Vara Cível, disse que não são consultados peritos nessa fase do processo. "A atuação de peritos é em momento processual posterior. Nesta fase, retardaria a decisão", disse o juiz ao responder via e-mail.
Segundo Carvalho Filho, liminares como a apresentada pelos procuradores em busca do fechamento da pista exigem decisão rápida.
Ele disse acreditar que as demais aeronaves têm segurança para aterrissar no local. "As outras aeronaves, de acordo com os dados do processo, necessitam de comprimento da pista inferior para pouso em pista molhada, do que decorre que há mais segurança. Se houver aquaplanagem, existe mais espaço."
Carvalho Filho tomou a decisão após analisar documentos entregues pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Segundo seus assessores, levou em conta ainda as derrapagens na pista ocorridas nos últimos meses.
"Note-se que a pista [...] não dispõe de áreas de escape de modo que, no caso de a aeronave não conseguir fazer o pouso nos 1980 metros da pista, o acidente aéreo é inevitável", afirmou o juiz.
O juiz pediu à Anac informação sobre a distância necessária para pouso na chuva do Boeing 737-400.
Como a agência não respondeu, o juiz deu prazo de 72 horas, contados a partir de ontem, para que apresente as explicações, sob pena de proibição da operação da aeronave no aeroporto. (FL)


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