São Paulo, quarta-feira, 07 de fevereiro de 2007

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Pai do jogador Diego é preso por atropelar personal da mulher

Djair Silvério da Cunha, pai do meia da seleção, é acusado de ter jogado propositalmente carro contra suposto amante da mulher

Romilson Garcia Ribeiro teve escoriações; vítima disse ter relacionamento com a mãe do atleta, que joga no futebol alemão

GABRIELA YAMADA
JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO

O empresário Djair Silvério da Cunha, 52, pai do meia Diego, do Werder Bremen (Alemanha) e da seleção brasileira, foi preso ontem em Ribeirão Preto, onde mora, acusado de tentativa de homicídio duplamente qualificada. Segundo a polícia, ele jogou o carro que dirigia -um Vectra alugado anteontem- contra o personal trainer Romilson Garcia Ribeiro, 39. De acordo com o delegado Luiz Geraldo Dias, Ribeiro disse, em depoimento, que há cinco anos iniciou um relacionamento com a mãe de Diego, Cecília Inês Ribeiro da Cunha -o caso teria sido descoberto pelo marido no final do ano passado.
O advogado de Cunha, Willian de Araújo Hernandez, negou a afirmação. Disse que ele não conhecia Ribeiro, que a relação entre o personal trainer e a mãe de Diego nunca existiu e que o episódio foi um acidente de trânsito -Hernandez pediu a liberdade provisória do empresário, que foi levado ao Centro de Detenção Provisória.
O incidente ocorreu às 6h30 no Jardim Paulista, bairro de classe média. Segundo a polícia, Ribeiro ia de moto ao trabalho quando Cunha jogou contra ele o veículo. O empresário, segundo testemunhas, ainda deu ré e tentou atingir de novo Ribeiro, que sofreu escoriações. Segundo o delegado, o crime teve várias testemunhas. Em novembro, Ribeiro registrou boletim de ocorrência no qual relatava ter sido agredido por três homens. Dois foram identificados e disseram à polícia que a surra havia sido dada por ordem de Cunha.
Hoje, Cecília deve prestar depoimento. A Folha ligou para casa dela, mas uma mulher disse que ela não estava. Diego foi informado sobre o caso em Londres, onde atuou na derrota da seleção para Portugal. Segundo o assessor de imprensa da seleção, Rodrigo Paiva, ele "ficou preocupado". Diego não deu entrevistas.


Colaborou MARCO AURÉLIO CANÔNICO, de Londres

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