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Governo vai ampliar a distribuição de camisinha para jovens de escolas públicas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Saúde anunciou ontem que pretende ampliar a distribuição de camisinhas para jovens nas escolas
públicas após uma pesquisa
constatar que 45% dos estudantes ouvidos tinham vida sexual ativa e que 30% não haviam usado preservativo na sua
mais recente relação.
O governo rejeita que exista
uma estimulação sexual precoce com a medida e avalia, com
base em pesquisa da Unesco,
que é necessária uma política
pública sobre o tema que não
seja omissa. Hoje, o programa
de DST/Aids tem como meta
anual a distribuição de 100 milhões de camisinhas para a faixa etária de 13 a 24 anos.
Ainda não há previsão de
quando e como será feita a distribuição, mas pelo menos uma
das formas será por meio de
máquinas eletrônicas -já existe um concurso para o desenho
do equipamento nas escolas
técnicas federais. "Já existe
uma decisão concreta de expansão", disse ontem o ministro da Saúde, Agenor Alvares.
Não há dados precisos sobre
quantas escolas já distribuem
preservativos. Segundo o Censo Escolar de 2005, das escolas
de ensino básico que abordam
DSTs (Doenças Sexualmente
Transmissíveis) e Aids, 8,7%
das escolas do ensino fundamental e 16,9% das de ensino
médio oferecem preservativos.
A pesquisa que motivou a decisão do governo foi feita com
escolas públicas que já implantaram o programa "Saúde e
Prevenção nas Escolas". O estudo mostra que, nesse universo, 70% usaram preservativo na
relação mais recente.
O principal motivo para não
usar camisinha, declarado por
cerca de 43% dos alunos, foi
não ter um preservativo disponível "na hora H". A confiança
no parceiro (23%) e a redução
do prazer (21%) foram as outras justificativas.
(LS)
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