São Paulo, segunda-feira, 07 de março de 2005

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ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

Levantamento revelou que 51% da frota das subprefeituras precisa de manutenção ou é irrecuperável

Mais da metade dos veículos está parada

VICTOR RAMOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Mais da metade da frota de veículos e máquinas das subprefeituras, que inclui carros, caminhões e ambulâncias, encontra-se sem condições de uso. O levantamento feito pela Prefeitura de São Paulo estimou em R$ 1,75 milhão o valor necessário para a recuperação de parte desse patrimônio, uma vez que outra parte, considerada irrecuperável, será leiloada.
De um total de 1.774 veículos e máquinas que pertencem às 31 subprefeituras de São Paulo, apenas 863 estão funcionando normalmente. Outros 593 precisam ser enviados para oficinas para que seja feita a sua manutenção. Há 318 equipamentos que foram considerados irrecuperáveis pela gestão José Serra (PSDB) e, quando estiverem com a documentação regularizada, serão leiloados. Os veículos parados representam 51% da frota das subprefeituras.
Entre os equipamentos incluídos no levantamento encontram-se, além dos carros e das ambulâncias, máquinas para obras, como escavadeiras, guindastes e tratores. Também há ônibus, camionetes e motocicletas.
De acordo com o secretário municipal das Subprefeituras, Walter Feldman, "o sucateamento dos veículos" é a reclamação mais freqüente dos subprefeitos. "Tem um simbolismo essa falta de cuidado. Os veículos são o instrumento de trabalho das subprefeituras. Sem eles, é impossível realizar as tarefas de infra-estrutura, de obras, fiscalização etc. É o elemento mais forte do abandono que nós encontramos."
Entre as funções das subprefeituras que, segundo Feldman, dependem dos veículos, está a realização de obras de pequeno e médio porte na cidade.
O secretário das Subprefeituras da administração Marta Suplicy (PT), Carlos Zaratini, rebateu as acusações de abandono da frota e disse que Feldman está "arrumando desculpa para a própria inoperância".
A primeira providência a ser tomada, segundo a prefeitura, é dar destino aos 318 veículos considerados irrecuperáveis em razão do estado de deterioração. Segundo Feldman, a situação deles é grave porque, além de não poderem ser utilizados, ocupam espaço dentro das subprefeituras.
Quanto aos 593 veículos e equipamentos que podem ser recuperados, a situação permanece indefinida. A prefeitura ainda avalia se irá determinar que eles passem por uma revisão ou se serão leiloados para renovar a frota.
"Na minha opinião, o custo-benefício [de recuperar os veículos] vale a pena. Pode ser feito um acordo com oficinas e, por meio de um remanejamento de verbas, fazer um pagamento a médio prazo. Deixar do jeito que está é a pior decisão", disse o secretário.
Feldman prometeu fazer, a partir de agora, um controle rigoroso dos veículos da administração usados nas subprefeituras.


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