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Paulistas "enforcam" a sexta para curtir dia de sol na praia
RICARDO SANGIOVANNI
ENVIADO ESPECIAL A SÃO SEBASTIÃO (SP)
Não deu para aguentar uma
semana inteira de calor na cidade. Ontem, em Juqueí (litoral
norte de São Paulo), tinha paulista enforcando a sexta-feira e
criando, por conta própria, um
feriado fora de hora.
Na areia, nada de muito esforço: até tinha espaço para
quem quisesse jogar frescobol,
vôlei, futebol. Mas a preferência geral era mesmo pela espreguiçadeira, por um guarda-sol
bem largo e por qualquer bebida bem gelada.
"A gente até gosta de caminhar na areia, mas, com esse
sol, melhor ficar só na água de
coco e no camarão", diz Erika
Assis, 30, sentada "estrategicamente" ao lado de uma barraca
de bebidas.
Ela fugira do calor da capital
anteontem com o marido, Fernando, 29, para o que seriam 20
dias de férias. Seriam, se o trabalho não perseguisse Fernando até na praia.
"No caminho para cá, meu
chefe me ligou, pedindo para eu
voltar. Vou ter que estar em São
Paulo às 4h de segunda, para
viajar para Vitória (ES) a trabalho", diz o rapaz, que é engenheiro e espera que o seu chefe,
sensibilizado por esta reportagem, desista da convocação extraordinária.
As amigas Alexa Souza e Victoria Roche, 17, colegas no terceiro ano em Bauru, (329 km da
capital), chegaram na quarta-feira e ficam na praia até segunda, em companhia de suas famílias -16 pessoas, dos 2 aos 71 anos de idade.
"Temos prova na semana que
vem, mas não importa. O calor
foi uma ótima desculpa para
matar uns dias de aula. Com
apoio da família, melhor ainda", disse Alexa. Estudar na
praia? Que nada. Praticar esporte? "Até tentamos jogar um
vôlei, mas não durou cinco minutos. O tempo está mais para
ficar deitada, tomando sol."
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