São Paulo, sábado, 07 de março de 2009

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Paulistas "enforcam" a sexta para curtir dia de sol na praia

RICARDO SANGIOVANNI
ENVIADO ESPECIAL A SÃO SEBASTIÃO (SP)

Não deu para aguentar uma semana inteira de calor na cidade. Ontem, em Juqueí (litoral norte de São Paulo), tinha paulista enforcando a sexta-feira e criando, por conta própria, um feriado fora de hora.
Na areia, nada de muito esforço: até tinha espaço para quem quisesse jogar frescobol, vôlei, futebol. Mas a preferência geral era mesmo pela espreguiçadeira, por um guarda-sol bem largo e por qualquer bebida bem gelada.
"A gente até gosta de caminhar na areia, mas, com esse sol, melhor ficar só na água de coco e no camarão", diz Erika Assis, 30, sentada "estrategicamente" ao lado de uma barraca de bebidas.
Ela fugira do calor da capital anteontem com o marido, Fernando, 29, para o que seriam 20 dias de férias. Seriam, se o trabalho não perseguisse Fernando até na praia.
"No caminho para cá, meu chefe me ligou, pedindo para eu voltar. Vou ter que estar em São Paulo às 4h de segunda, para viajar para Vitória (ES) a trabalho", diz o rapaz, que é engenheiro e espera que o seu chefe, sensibilizado por esta reportagem, desista da convocação extraordinária.
As amigas Alexa Souza e Victoria Roche, 17, colegas no terceiro ano em Bauru, (329 km da capital), chegaram na quarta-feira e ficam na praia até segunda, em companhia de suas famílias -16 pessoas, dos 2 aos 71 anos de idade.
"Temos prova na semana que vem, mas não importa. O calor foi uma ótima desculpa para matar uns dias de aula. Com apoio da família, melhor ainda", disse Alexa. Estudar na praia? Que nada. Praticar esporte? "Até tentamos jogar um vôlei, mas não durou cinco minutos. O tempo está mais para ficar deitada, tomando sol."


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