São Paulo, segunda-feira, 07 de março de 2011

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Na Sapucaí, síndico tenta pôr ordem no caos

ITALO NOGUEIRA
DO RIO

Enquanto as escolas tentam mostrar conjunto e harmonia, um mundo caótico gira em torno da Sapucaí. Cabe a José Carlos Faria Caetano, 56, o Machine, tentar organizá-lo.
Machine é o coordenador operacional do sambódromo carioca, nome pomposo para aquele que coordena a solução dos problemas fora do desfile.
Soluciona falta de luz e d'água, entre outros problemas. Para os que trabalham no sambódromo, o apelido dele deveria ser "descascador de pepinos".
O "síndico" já foi passista da Beija-Flor. Aos 27, durante excursão da escola à França, ganhou o apelido de "La Machine du Samba" (a máquina do samba). "Sinto saudade. Era menos cobrado."
Machine literalmente se muda em novembro para o sambódromo, onde dorme num quarto de 15 m2, com geladeira, TV, computador e uma garrafa de uísque. Prepara toda a montagem e só sai em abril.
Ele conhece as cerca de 2.500 chaves. Apesar do prestígio, já foi barrado em 1997, após sair sem credencial. "Eu disse ao segurança: "Amigo, tenho que entrar para começar o desfile". Ele não deixou. Foram me pegar porque o desfile estava atrasando."


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