São Paulo, quarta-feira, 07 de maio de 2008

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Malheiros Neto diz ser vítima de uma campanha sórdida

DA REPORTAGEM LOCAL

Em nota divulgada ontem pela Secretaria de Segurança Pública, o agora ex-secretário-adjunto Lauro Malheiros Neto justificou sua saída pela necessidade de "repelir" as acusações que vem sofrendo. Por isso, diz o texto, não poderia dar a dedicação total que a função exige.
Ele diz ser vítima de uma "campanha sórdida [...] por pessoas que tiveram seus interesses contrariados", mas não cita nomes nem quais são os interesses contrariados.
No último sábado, Malheiros Neto disse que o delegado Nelson Silveira Guimarães o apontou como protetor do policial preso por ter ficado irritado ao ser transferido.
Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pelo ex-secretário.

 

"Senhor Governador,
Nos últimos dias fui surpreendido por notícias caluniosas que foram publicadas pela imprensa, procurando me vincular a policiais que são objeto de investigação criminal.
Tais fatos noticiados fazem parte de uma campanha sórdida desfechada contra mim por pessoas que tiveram seus interesses contrariados no exercício da minha atividade de secretário-adjunto da Segurança Pública.
Quero dizer a V. Exa. que em nenhum momento pratiquei qualquer ato que pudesse desonrar sua administração ou trair a confiança da população paulista e repilo com indignação a tentativa de me envolver em algo que não me diz respeito.
No entanto, como homem público, tenho a plena compreensão de que é impossível neste momento ter a tranqüilidade necessária para continuar a exercer o importante cargo de secretário de Estado adjunto da Segurança Pública.
Tal pasta é de essencial importância na vida das pessoas e requer que os seus dirigentes tenham dedicação e foco integrais na condução dos problemas de Estado, o que eu estou impossibilitado de fazer agora, pelas circunstâncias narradas.
Assim, quero dizer que fui honrado pelo convite feito por V.Exa. para ocupar este cargo e pela amizade de muitos anos que tenho pelo secretário Ronaldo Marzagão.
Entretanto preciso deixar o cargo que agora ocupo para poder me dedicar a repelir a ação sórdida das pessoas que me atacam, com interesses criminosos e subalternos e levá-los a responder na Justiça pelas suas calúnias que têm por objetivo a vingança rasteira contra a minha pessoa.
Por isso, lamentando não poder continuar a ajudar o honrado governo de V.Exa., peço que seja aceito o pedido de exoneração do meu cargo.
Aproveito a oportunidade para reiterar a V.Exa. meu apreço e admiração."


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