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Kassab libera caminhão de mudança e de lixo no centro
São as primeiras exceções às restrições ao tráfego de caminhões; mudanças começam em junho
Caminhões de feira, de gás e betoneiras também poderão circular de dia; os demais só têm autorização para entrar no centro das 21h às 5h
RICARDO SANGIOVANNI
DA REPORTAGEM LOCAL
A gestão Gilberto Kassab
(DEM) confirmou as primeiras
exceções às restrições de caminhões no centro de São Paulo.
Caminhões de feira, mudança,
coleta de lixo, entrega de gás e
betoneiras (usadas para fazer
concreto) poderão circular em
alguns horários durante o dia,
diferentemente dos demais caminhões, que só poderão entrar no centro das 21h às 5h.
Até o fim da semana, o secretário Alexandre de Moraes
(Transportes) deve definir outras cargas que serão permitidas em horário diferenciado,
antes de entregar ao prefeito
Gilberto Kassab a minuta do
primeiro dos três decretos que
regulamentarão as restrições.
As medidas só começam a valer
no final do mês de junho.
"Ainda estamos definindo algumas exceções, necessárias
para evitar os horários de pico
no período da manhã ou no período da tarde", disse Moraes,
ao justificar as exceções.
Caminhões de coleta de lixo,
entrega de gás e betoneiras poderão circular no horário das
21h às 12h. Para caminhões de
feira e de mudanças, a janela será um pouco maior -das 21h às
16h.
O secretário irá analisar ainda 32 propostas de transportadores que utilizam caminhões
de até 6,3 m de comprimento
(os chamados VUCs). Eles também pedem para circular no
centro durante o dia. As exceções para esses caminhões serão regulamentadas por um segundo decreto, que ficará pronto na próxima semana.
Moraes antecipou também
que entregas de combustível
poderão ser feitas das 20h às
6h, por um período entre 45 e
60 dias, de "adequação às novas
regras". O mesmo prazo valerá
para caminhões de produtos
farmacêuticos, que poderão entrar na cidade até o meio-dia.
A última restrição a ganhar
regulamentação -daqui a três
semanas- será o rodízio de caminhões nas marginais e na av.
dos Bandeirantes. Kassab deverá vetar alguns itens da lei sobre o tema, já aprovada pela Câmara, para poder regulamentar
a amplitude e o local do rodízio.
O Setcesp (sindicato das empresas de transporte de cargas)
estima um aumento de 13% nos
custos das entregas, por conta
do adicional noturno que terá
de ser pago a motoristas e entregadores.
Kassab, porém, descarta a hipótese de recuar na proibição.
"São Paulo vai pagar o preço
que tiver que pagar", disse.
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