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Justiça dos EUA nega cassação dos pilotos do jato do acidente da Gol
DE WASHINGTON
A agência federal de aviação
dos Estados Unidos (FAA) negou o pedido de cassação dos
dois pilotos americanos envolvidos no acidente do voo 1907
da Gol, no qual 154 pessoas
morreram em setembro de
2006, segundo informações divulgadas nesta semana.
Em carta datada do dia 27 de
abril, a FAA afirma que, após
análise dos pedidos e das perícias técnicas, não encontrou indícios de responsabilidade dos
pilotos para pedir o início de
um processo administrativo.
Joe Lepore e Jan Paladino,
que pilotavam o jato Legacy
que se chocou no ar contra o
Boeing da Gol, continuam
voando normalmente nos
Estados Unidos.
A associação dos familiares
das vítimas do acidente pretende agora levar a questão para a
Corte Interamericana de Justiça, na Costa Rica.
"Achamos um desrespeito
essa resposta, que não diz nada
nem responde ao erros técnicos que apresentamos", disse
Paula Batista, porta-voz da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907.
"Não mencionaram nada sobre eles estarem voando na altitude errada, por exemplo."
A resposta oficial do governo
americano chegou após pedido
encaminhado pelos deputados
federais Milton Monti (PR-SP)
e Jaime Martins (PR-MG), da
Comissão de Viação e Transportes da Câmara.
Eles vieram a Washington
em abril contatar a FAA e o
Congresso dos EUA para apresentar laudos de um novo processo em andamento contra os
pilotos na Justiça Federal de
Mato Grosso.
O acidente foi em 29 de setembro de 2006. No processo
penal que corre na Justiça brasileira, os réus são acusados de
desrespeito ao comando de
voo, desligamento do transponder e desatenção.
Lepore e Paladino são suspeitos de terem desligado o
equipamento anticolisão do jato durante o voo, o que teria
causado o choque com o avião
da Gol, que vinha em sentido
contrário, sobre Mato Grosso.
(ANDREA MURTA)
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