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Guarda de trigêmeas de Curitiba é dada a tios
Meninas estavam em abrigo desde fevereiro
DE CURITIBA
As trigêmeas de Curitiba
que foram retiradas dos pais
por decisão da Justiça estão
provisoriamente sob o cuidado dos tios maternos.
As crianças, nascidas prematuras em 24 de janeiro, foram retiradas dos pais depois
que eles quiseram dar uma
delas para adoção. O casal
fez inseminação artificial e
pretendia ter apenas dois filhos, em vez de três.
As meninas estavam num
abrigo desde o dia 19 de fevereiro por ordem da Justiça,
que considerou, na época,
que os pais não tinham "condições de paternidade e maternidade". Eles recorreram
da decisão, afirmaram estar
arrependidos e disseram que
queriam as crianças de volta.
No início de abril, uma tia
das crianças protocolou um
pedido de guarda provisória,
que foi aceito pela Justiça.
Desde então, as trigêmeas estão sob os cuidados dos tios.
Ontem, uma decisão publicada em "Diário Oficial"
estendeu o direito de visita
dos pais às crianças -que,
até então, estava limitado em
duas horas semanais, sempre com o acompanhamento
da Vara de Família.
Para o desembargador
Ruy Muggiati, que assina a
decisão, "a limitação do período de visitas [...] se mostra,
a priori, medida excessiva,
porquanto não permitirá que
os pais tenham convívio salutar com as filhas".
O magistrado considerou
que deve prevalecer "o interesse maior das crianças, que
atualmente se encontram em
importante fase de seu desenvolvimento psíquico, e
necessitam de estímulo,
atenção e afeto, especialmente daqueles que exercem
as funções paternais".
Os pais poderão ver as
crianças todos os dias, das 7h
às 22h, com pernoite às terças
e quintas, além de poderem
passar o final de semana com
as filhas. As visitas não precisarão ser acompanhadas por
técnicos da Justiça.
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