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Sindicato critica condição imposta pela prefeitura
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente do sindicato dos
motoristas, Edivaldo Santiago,
reagiu ontem contra a posição da
gestão Marta Suplicy de condicionar os pagamentos dos salários à
volta da categoria ao trabalho. As
declarações deflagraram uma
"guerra" entre ele e a prefeitura.
Ele disse que essa posição é "arrogante", que os condutores podem "detonar uma greve a qualquer momento" e que eles "não
têm medo de ameaças". A categoria reúne 50 mil trabalhadores.
O secretário dos Transportes,
Carlos Zarattini, disse que os motoristas, ao fazer greve parcial ontem de manhã, não cumpriram
um acordo informal acertado no
mês passado de informar a prefeitura sobre as mobilizações com 48
horas de antecedência. Até ontem, as duas partes estavam juntas nas discussões salariais.
"O sindicato fez uma greve selvagem. Estamos sem interlocutores confiáveis. A gente só ficou sabendo às 23h de ontem [anteontem"", afirmou Zarattini.
"Ele [Zarattini" que não pense
que as coisas são como ele quer.
Se ele começar com história, podemos fazer greve. Se ele fizer isso
[rescindir os contratos", nós paramos o sistema inteiro", afirmou
Santiago. Ele disse que motoristas
e cobradores não voltam enquanto não receberem os salários.
A posição de Zarattini é pagar a
categoria somente depois que os
condutores voltarem a trabalhar.
Caso isso não aconteça, ele promete rescindir os contratos com
as empresas que sofreram intervenção, deixando os trabalhadores sem garantias de emprego.
"Com arrogância e imposição, o
sindicato não volta. Ele [Zarattini"
que tome a decisão que achar melhor. Essa postura só complica a
situação dele", afirmou Santiago,
que também reclamou não ter sido avisado com antecedência sobre as intervenções.
(PC e AI)
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