São Paulo, sexta-feira, 07 de junho de 2002

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Sindicato critica condição imposta pela prefeitura

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do sindicato dos motoristas, Edivaldo Santiago, reagiu ontem contra a posição da gestão Marta Suplicy de condicionar os pagamentos dos salários à volta da categoria ao trabalho. As declarações deflagraram uma "guerra" entre ele e a prefeitura.
Ele disse que essa posição é "arrogante", que os condutores podem "detonar uma greve a qualquer momento" e que eles "não têm medo de ameaças". A categoria reúne 50 mil trabalhadores.
O secretário dos Transportes, Carlos Zarattini, disse que os motoristas, ao fazer greve parcial ontem de manhã, não cumpriram um acordo informal acertado no mês passado de informar a prefeitura sobre as mobilizações com 48 horas de antecedência. Até ontem, as duas partes estavam juntas nas discussões salariais.
"O sindicato fez uma greve selvagem. Estamos sem interlocutores confiáveis. A gente só ficou sabendo às 23h de ontem [anteontem"", afirmou Zarattini.
"Ele [Zarattini" que não pense que as coisas são como ele quer. Se ele começar com história, podemos fazer greve. Se ele fizer isso [rescindir os contratos", nós paramos o sistema inteiro", afirmou Santiago. Ele disse que motoristas e cobradores não voltam enquanto não receberem os salários.
A posição de Zarattini é pagar a categoria somente depois que os condutores voltarem a trabalhar. Caso isso não aconteça, ele promete rescindir os contratos com as empresas que sofreram intervenção, deixando os trabalhadores sem garantias de emprego.
"Com arrogância e imposição, o sindicato não volta. Ele [Zarattini" que tome a decisão que achar melhor. Essa postura só complica a situação dele", afirmou Santiago, que também reclamou não ter sido avisado com antecedência sobre as intervenções. (PC e AI)


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