|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Professores da USP adiam para o dia 19 decisão sobre greve
Em assembléia feita ontem, eles decidiram aguardar uma nova rodada de negociações com a reitoria da universidade
Funcionários já tinham decidido paralisar a partir
de amanhã; docentes da Unicamp farão assembléia hoje para decidir se param
DANIELA TÓFOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Os professores da USP resolveram ontem aguardar até o dia
19 para decidir se entram em
greve ou não. Em assembléia
no fim da tarde, eles optaram
por aguardar a nova rodada de
negociações com a reitoria. No
entanto, marcaram um ato na
Assembléia Legislativa no dia
21 para pressionar o governo a
aumentar os recursos destinados para a educação.
Professores e servidores das
universidades estaduais paulistas reivindicam reajuste salarial de 7% e aumento na verba
para o ensino público. Exigem
que o investimento estadual na
educação passe de 30% para
33% da receita de impostos e
que o repasse para as universidades aumente de 9,57% para
11,6% do ICMS.
O Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) oferece aumento de 0,75% sobre os salários de maio e reajuste de 1,79%
sobre os de setembro. De acordo com as assessorias de imprensa das universidades, a folha de pagamento de docentes e
funcionários já compromete
quase todo o orçamento anual.
Na USP, gasta-se 87,5% com
a folha de pagamento sem o
reajuste de 0,75%. Na Unicamp, já com o reajuste, o comprometimento fica em 93,21%
e, na Unesp, também com o novo salário, 89%. O aumento dos
recursos da educação não depende da vontade dos reitores,
mas da decisão do governo.
Com a decisão de ontem, os
docentes não se unirão aos funcionários da universidade, que
já haviam decidido pela paralisação a partir de amanhã. Servidores dos campi da USP de
Ribeirão e de São Carlos estão
parados desde segunda-feira.
Hoje, estudantes da universidade fazem assembléia para decidir se apóiam o movimento.
Também na tarde de hoje, a
Unicamp faz assembléia de
professores para resolver sobre
a greve. Seus funcionários optaram por aderir à paralisação.
As 23 unidades da Unesp também estão realizando assembléias. Já decidiram pela greve
os funcionários dos campi de
Araçatuba, Assis, Bauru, Botucatu, Guaratinguetá, Ilha Solteira, Jaboticabal, Marília, Presidente Prudente, Rio Claro e
São José do Rio Preto e os professores de Marília.
A greve da maioria das unidades das três universidades está
programada para começar
amanhã porque é quando ocorre mais uma reunião do Cruesp
com os representantes dos sindicatos para uma nova rodada
de negociações.
O vice-presidente da Adusp
(Associação de Docentes da
USP), Francisco Miraglia, explica que tão importante quanto o reajuste salarial é o aumento da dotação orçamentária.
"Não queremos apenas aumento de salário. Melhorar a verba
da educação é importante para
todo o Estado."
Texto Anterior: Transportes: Kassab circula pela 1ª etapa do Fura-Fila Próximo Texto: Infância: Projeto de lei na Câmara pode dificultar doações para fundos Índice
|