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Justiça liberta 3 acusados de seqüestrar equipe de TV
Eles teriam participado do seqüestro do repórter da Globo Guilherme Portanova
Um dos motivos citados no despacho pelo juiz é o fato de o laudo com a transcrição das conversas telefônicas não ter sido concluído
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
A Justiça de São Paulo determinou a libertação de três pessoas acusadas de participar do
seqüestro do jornalista Guilherme Portanova e do auxiliar-técnico Alexandre Calado,
ambos da TV Globo, entre 12 e
14 de agosto de 2006.
O ex-policial Ivan Raymondi
Barbosa, presidente da ONG
Nova Ordem -que atua em
presídios paulistas-, Simone
Barbaresco, funcionária da entidade, e Anderson Luiz de Jesus, denunciados pelo Ministério Público Estadual por dar
apoio logístico ao seqüestro, foram soltos na última terça.
Os três vão responder ao processo em liberdade. Estavam
presos desde janeiro. Barbosa
ficou no 8º Distrito Policial, no
Brás (centro), Barbaresco, no
presídio feminino de Taubaté
(130 km de SP) e Jesus, no CDP
(Centro de Detenção Provisória) Belém (zona leste).
A decisão de soltar os acusados foi do juiz titular da 7ª Vara
Criminal Central de São Paulo,
Djalma Rubens Lofrano Filho,
após analisar um pedido da defesa dos réus que teve a concordância da Promotoria.
No seu despacho, o juiz apontou três motivos para revogar a
prisão: 1) o fato de terem sido
presos preventivamente há
mais de quatro meses; 2) o laudo com a transcrição das conversas telefônicas que poderiam incriminá-los não ficou
pronto; e 3) o processo ainda
está na fase de instrução, ou seja, novas provas de acusação e
defesa deverão ser produzidas.
Barbosa e Jesus respondem
por crimes de formação de quadrilha, furto e extorsão mediante seqüestro. Barbaresco
está sendo processada por formação de quadrilha.
Portanova e Calado foram levados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) e soltos em
troca da exibição pela Globo de
um vídeo da facção criminosa.
Douglas de Moraes e Luciano
José da Silva, presos em 2006
sob acusação de ligação com o
seqüestro também teriam sido
soltos anteontem pela Justiça.
Nenhum órgão oficial confirma
a versão.
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