São Paulo, segunda-feira, 07 de junho de 2010

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PAULO ARTHUR TOMASSINI BARRETTO (1927-2010)

O delegado e seu sonho de Paris

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

O sonho de Paulo Arthur Tomassini Barretto cabia em apenas cinco letras: Paris.
Há três anos, quando fez 80 anos, e sem nunca ter saído do Brasil, foi à cidade que tanto desejava conhecer, no 14 de julho, quando se realiza a festa nacional francesa.
Ficou tão encantado pela viagem que, no aniversário seguinte, repetiu a dose.
Paulistano, Paulo foi delegado de polícia. Antes de prestar concurso para a carreira, nos anos 50, teve uma floricultura, um restaurante e até uma casa funerária.
Pela polícia, trabalhou em Santa Rosa de Viterbo, Floreal (ambas no interior), e em São Paulo, onde exerceu por mais tempo a profissão.
Segundo o filho Clóvis, advogado, o pai não andava armado e nem sequer gostava de armas. Quando se aposentou, há cerca de 20 anos, dizia se sentir aliviado.
A história de seu casamento é curiosa e começou quando seu irmão, num 1º de maio, decidiu se casar com uma moça. Essa moça tinha uma irmã, Judith, por quem Paulo se apaixonou e com quem se casou, também num 1º de maio, exatos cinco anos após a iniciativa do irmão.
Devido a problemas cardíacos, estava internado. A família o estimulava a melhorar, dizendo que um novo 14 de julho estava chegando.
No domingo (30), não resistiu e morreu, aos 82, deixando viúva, quatro filhos e oito netos. Na madrugada de segunda, enquanto era velado, nascia seu oitavo neto, Thomas Arthur -o Arthur no nome é em sua homenagem.
Sua missa de sétimo dia será hoje, às 18h30, na igreja do Santíssimo Sacramento, em São Paulo.

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