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PAULO ARTHUR TOMASSINI BARRETTO (1927-2010)
O delegado e seu sonho de Paris
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
O sonho de Paulo Arthur
Tomassini Barretto cabia em
apenas cinco letras: Paris.
Há três anos, quando fez
80 anos, e sem nunca ter saído do Brasil, foi à cidade que
tanto desejava conhecer, no
14 de julho, quando se realiza
a festa nacional francesa.
Ficou tão encantado pela
viagem que, no aniversário
seguinte, repetiu a dose.
Paulistano, Paulo foi delegado de polícia. Antes de
prestar concurso para a carreira, nos anos 50, teve uma
floricultura, um restaurante
e até uma casa funerária.
Pela polícia, trabalhou em
Santa Rosa de Viterbo, Floreal (ambas no interior), e em
São Paulo, onde exerceu por
mais tempo a profissão.
Segundo o filho Clóvis, advogado, o pai não andava armado e nem sequer gostava
de armas. Quando se aposentou, há cerca de 20 anos, dizia se sentir aliviado.
A história de seu casamento é curiosa e começou quando seu irmão, num 1º de
maio, decidiu se casar com
uma moça. Essa moça tinha
uma irmã, Judith, por quem
Paulo se apaixonou e com
quem se casou, também num
1º de maio, exatos cinco anos
após a iniciativa do irmão.
Devido a problemas cardíacos, estava internado. A
família o estimulava a melhorar, dizendo que um novo
14 de julho estava chegando.
No domingo (30), não resistiu e morreu, aos 82, deixando viúva, quatro filhos e
oito netos. Na madrugada de
segunda, enquanto era velado, nascia seu oitavo neto,
Thomas Arthur -o Arthur no
nome é em sua homenagem.
Sua missa de sétimo dia
será hoje, às 18h30, na igreja
do Santíssimo Sacramento,
em São Paulo.
coluna.obituario@uol.com.br
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