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TRANSPORTE
Unidade integra a linha 4-amarela, em construção
Demolição de 26 prédios na Luz dá início a nova estação do metrô
LUÍSA BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
Até o final deste mês, 26 prédios
localizados na região da Luz, centro de São Paulo, estarão no chão.
Em seu lugar será erguida a futura
estação Luz da linha 4-amarela do
Metrô de São Paulo, que irá ligar a
região central ao bairro de Vila
Sônia (zona oeste).
O trabalho de demolição começou ontem e deve levar um mês
para ser concluído. A estação só
deverá ser concluída em 2008.
A nova unidade será subterrânea e vai ser integrada às duas estações Luz já existentes: a da linha
1 (azul) do metrô e a da CPTM
(Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos). A estação terá
40 metros de distância do solo e
será a mais profunda do sistema.
A área desapropriada tem 14 mil
m2 e fica numa quadra formada
pela avenida Cásper Líbero e pelas
ruas Mauá e Brigadeiro Tobias.
Apenas um prédio do quarteirão
será preservado por se tratar de
um imóvel tombado pelo patrimônio histórico.
Como os acessos da nova estação só ocuparão cerca de um terço da área total, o governo do Estado quer fazer uma parceria com
a prefeitura para a construção de
um bulevar no local.
De acordo com o diretor de engenharia e construções do Metrô,
Sergio Eduardo Favero Salvadori,
o bulevar abrigaria eventos e poderia também contar com unidades comerciais. Segundo Salvadori, ainda não há um projeto pronto e a questão deve ser discutida
com a Emurb (Empresa Municipal de Urbanização).
As obras no bairro da Luz não
devem atrapalhar o trânsito na região. A nova estação terá dois
acessos, um pela rua Brigadeiro
Tobias e outro pela avenida Cásper Líbero. O local contará ainda
com dois guichês de bilheteria, 14
bloqueios, 12 escadas fixas, 19 escadas rolantes, dois elevadores
comuns e dois elevadores hidráulicos. A previsão é que 103 mil
usuários circulem diariamente
pela estação.
Linha 4
A construção da linha 4 sofreu
um atraso de 11 meses no cronograma original de atividades. Segundo o secretário estadual dos
Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, o atraso ocorreu devido aos trâmites de desapropriação de imóveis. No total,
236 edificações foram desapropriadas. O custo de ressarcimento
foi de R$ 150 milhões.
A linha 4, conhecida como a linha da integração, será ligada aos
outros três trajetos metroviários
principais da capital paulista: a linha 1-azul (Norte/Sul), na estação
Luz, a 3-vermelha (Leste/Oeste),
na República, e a 2-verde, na Paulista, além da linha C da CPTM
(que beira a marginal Pinheiros).
A primeira fase das obras deve
ser concluída no final de 2008,
época prevista para entrarem em
funcionamento cinco das 11 estações programadas: República,
Paulista, Pinheiros e Butantã,
além da Luz. Essas cinco primeiras devem receber cerca de 800
mil passageiros diariamente.
O governo do Estado tenta viabilizar, com apoio da prefeitura, a
conclusão da estação Faria Lima
nessa primeira etapa. No entanto,
a questão não está decidida.
A segunda etapa (estações Higienópolis, Oscar Freire, Fradique
Coutinho, Faria Lima, Morumbi e
Vila Sônia) só deve ficar pronta
em 2011. A linha completa terá
12,8 quilômetros de extensão e
atenderá 960 mil usuários.
Para o governador Geraldo
Alckmin (PSDB), o fato de a conclusão das obras estar prevista para um período posterior ao fim de
seu governo, que se encerra no
próximo ano, não deve atrapalhar
o trabalho. "Os financiamentos já
estão assinados", afirmou.
A operação da linha deve ser cedida à iniciativa privada por meio
de um processo de licitação que
será anunciado até o final do ano.
De acordo com o presidente do
Metrô, Luiz Carlos David, o vencedor terá que adquirir os trens e
terminar alguns sistemas como o
centro de controle de operações.
O investimento está avaliado em
US$ 300 milhões. Não foi estabelecido o período de concessão.
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