São Paulo, sexta-feira, 07 de julho de 2006

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Presos acusados de tráfico internacional

Luciano Geraldo Daniel, um dos suspeitos detidos, é apontado como um dos maiores fornecedores de cocaína no Brasil

200 quilos de pasta-base de coca, o suficiente para produzir uma tonelada da droga, foram apreendidos em fazenda no interior de SP


JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA

Nove pessoas foram presas sob a acusação de integrar uma quadrilha internacional de tráfico de drogas. Entre elas está Luciano Geraldo Daniel, apontado pela Polícia Federal como um dos maiores fornecedores de cocaína do país.
As prisões ocorreram durante a operação Ícaro, realizada pela Polícia Federal em São Paulo, Santa Catarina e Paraná, após anos de investigação.
Em Gália e Pardinho, no interior paulista, a polícia descobriu duas propriedades rurais que eram utilizadas como laboratórios de refino da droga. Cerca de 200 quilos de pasta-base -suficientes para produzir uma tonelada de cocaína- foram apreendidos.
A polícia prendeu Daniel no local. Segundo a PF, ele é responsável pelo recebimento e pela distribuição de toneladas de pasta-base de cocaína de cartéis bolivianos, via Paraguai.
Outras quatro pessoas foram presas nos dois locais. Levantamento da PF aponta que Daniel é dono de seis fazendas com aproximadamente 2.000 cabeças de gado e várias casas em condomínios de luxo no Estado de São Paulo.
Ele já estava com a prisão preventiva decretada em razão da apreensão de cerca de 800 quilos de cocaína em Rio Claro (SP). A data dessa apreensão não foi divulgada.
Nas fazendas, a PF apreendeu quatro fuzis, duas carabinas, duas escopetas, 17 pistolas, granadas e munições, além de silenciadores e binóculos com lentes especiais para visão no escuro. Cerca de dez veículos também foram apreendidos.
"Eles têm fazendas, aviões, helicópteros. Pela quantidade de bens e de drogas encontradas e pela estrutura, é uma das maiores quadrilhas de traficantes [do país]", disse o delegado Gustavo Martins.
Em Santa Catarina, a polícia prendeu anteontem quatro pessoas, entre elas o empresário Floriano Nolasco da Silva Júnior. Ele é acusado de ser o piloto da quadrilha e transportar a droga do Paraguai em um helicóptero modelo Esquilo, de sua propriedade. Segundo a PF, ele transportava mensalmente cerca de 300 quilos de pasta-base na aeronave.
A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos acusados ontem.


Colaborou CÍNTIA ACAYABA, da Agência Folha

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