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Presos acusados de tráfico internacional
Luciano Geraldo Daniel, um dos suspeitos detidos, é apontado como um dos maiores fornecedores de cocaína no Brasil
200 quilos de pasta-base
de coca, o suficiente para produzir uma tonelada da droga, foram apreendidos em fazenda no interior de SP
JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA
Nove pessoas foram presas
sob a acusação de integrar uma
quadrilha internacional de tráfico de drogas. Entre elas está
Luciano Geraldo Daniel, apontado pela Polícia Federal como
um dos maiores fornecedores
de cocaína do país.
As prisões ocorreram durante a operação Ícaro, realizada
pela Polícia Federal em São
Paulo, Santa Catarina e Paraná,
após anos de investigação.
Em Gália e Pardinho, no interior paulista, a polícia descobriu duas propriedades rurais
que eram utilizadas como laboratórios de refino da droga.
Cerca de 200 quilos de pasta-base -suficientes para produzir uma tonelada de cocaína-
foram apreendidos.
A polícia prendeu Daniel no
local. Segundo a PF, ele é responsável pelo recebimento e
pela distribuição de toneladas
de pasta-base de cocaína de
cartéis bolivianos, via Paraguai.
Outras quatro pessoas foram
presas nos dois locais.
Levantamento da PF aponta
que Daniel é dono de seis fazendas com aproximadamente
2.000 cabeças de gado e várias
casas em condomínios de luxo
no Estado de São Paulo.
Ele já estava com a prisão
preventiva decretada em razão
da apreensão de cerca de 800
quilos de cocaína em Rio Claro
(SP). A data dessa apreensão
não foi divulgada.
Nas fazendas, a PF apreendeu quatro fuzis, duas carabinas, duas escopetas, 17 pistolas,
granadas e munições, além de
silenciadores e binóculos com
lentes especiais para visão no
escuro. Cerca de dez veículos
também foram apreendidos.
"Eles têm fazendas, aviões,
helicópteros. Pela quantidade
de bens e de drogas encontradas e pela estrutura, é uma das
maiores quadrilhas de traficantes [do país]", disse o delegado
Gustavo Martins.
Em Santa Catarina, a polícia
prendeu anteontem quatro
pessoas, entre elas o empresário Floriano Nolasco da Silva
Júnior. Ele é acusado de ser o
piloto da quadrilha e transportar a droga do Paraguai em um
helicóptero modelo Esquilo, de
sua propriedade. Segundo a PF,
ele transportava mensalmente
cerca de 300 quilos de pasta-base na aeronave.
A reportagem não conseguiu
contato com os advogados dos
acusados ontem.
Colaborou CÍNTIA ACAYABA, da Agência Folha
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