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São Paulo, quinta-feira, 07 de agosto de 2003

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HABITAÇÃO

Objetivo é dividir responsabilidade com prefeituras

CDHU pesquisa origem e número de invasores de terreno no ABC

DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"

A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) fez o cadastro ontem das pessoas que estão acampadas no terreno da Volkswagen, em São Bernardo do Campo (ABC). A intenção da estatal não é inscrever os invasores em programas habitacionais do Estado, mas apenas saber quantos e de onde são.
Cerca de cem técnicos participaram do cadastramento. De acordo com Célio da Silva Noffs, superintendente regional da CDHU, "o objetivo [do cadastramento] é saber o tamanho do problema, porque os números são muito variados".
O cadastramento começou às 8h de ontem, um dia após a Justiça conceder novamente à montadora a reintegração de posse da área invadida há duas semanas. Durante mais de dez horas foram entrevistadas 3.300 famílias, e mais mil devem ser ouvidas hoje.
A coordenação do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) estima em cerca de 7.000 o número de acampados no local, mas há quem fale em mil.
Ao saber que o cadastramento visaria somente conhecer o perfil dos sem-teto, o coordenador do movimento, Guilherme Doulos, questionou se não seria uma tática para mapear a área antes da reintegração. Segundo a assessoria da CDHU, a intenção é descobrir a origem das famílias para que cada município se responsabilize -com o Estado- por providenciar moradias.
Para João Batista Costa, da coordenação do MTST, "somente o cadastramento é insuficiente, porque fica engavetado". Ontem, a assessoria da Secretaria Nacional da Habitação desmentiu a informação dada por Costa anteontem de que estaria em estudo a compra de um terreno no valor de R$ 67 milhões.


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