São Paulo, sábado, 07 de agosto de 2010

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Advogada é morta no carro do namorado

Ela recebera ligação de um suposto cliente e se dirigia a delegacia em Mairiporã quando o veículo foi abordado

Um dos ocupantes do outro carro deu dois tiros nas costas da vítima; o namorado também foi atingido

DO "AGORA"

A advogada Adriana Souza dos Reis, 33, foi assassinada com dois tiros nas costas dentro do carro do namorado, na noite da última quarta-feira, em Mairiporã (Grande SP). Ninguém foi preso.
Segundo a polícia, Adriana recebeu a ligação de um suposto cliente que estaria com o carro apreendido em uma delegacia da cidade e se dirigia ao local para atendê-lo quando o Hyundai prata em que estava foi abordada por criminosos, que desceram de um Fiat Siena prata, por volta das 21h.
Um dos homens atirou contra a advogada. Um tiro atravessou o tórax dela e acertou seu namorado, que dirigia o automóvel. Ele estava foi hospitalizado, mas não corre risco de morrer. O nome dele não foi divulgado.
Nenhuma das duas delegacias de Mairiporã registrou ocorrências com apreensão de veículos nesse horário, segundo a polícia. Por esse motivo, a polícia suspeita de que a advogada tenha sido morta em uma emboscada.
Adriana foi morta em um trecho da estrada da Roseira, próximo à divisa de Mairiporã com o bairro do Tremembé (zona norte de São Paulo).
Horas depois, policiais encontraram o carro utilizado pelos suspeitos -que havia sido roubado- queimado, na estrada do Mato Dentro, em Mairiporã. A polícia não informou onde ocorreu o roubo do automóvel.
A Polícia Civil solicitou ontem à Justiça a quebra do sigilo telefônico da vítima.
Investigadores querem colher o depoimento do namorado da advogada, um comerciante de 40 anos, para tentar esclarecer o crime.
"O primeiro foco da investigação é obter a quebra do sigilo telefônico da vítima, para sabermos o local em que ela estava quando falou com esse suposto cliente e de onde ele ligou", disse o delegado Marcos Carneiro.
Até a conclusão desta edição, a polícia não tinha nenhuma pista de suspeitos.
Em Mairiporã, 40% dos homicídios são de vítimas levadas de cidades vizinhas para serem assassinadas lá, segundo dados da polícia.
Entre janeiro de 2006 e o mês passado, 44 corpos, em sua maioria da capital e de Guarulhos (Grande SP), foram achados em locais ermos da cidade. No período, Mairiporã teve 108 homicídios.


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