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Advogada é morta no carro do namorado
Ela recebera ligação de um suposto cliente e se dirigia a delegacia em Mairiporã quando o veículo foi abordado
Um dos ocupantes do outro carro deu dois tiros nas costas da vítima; o namorado também foi atingido
DO "AGORA"
A advogada Adriana Souza dos Reis, 33, foi assassinada com dois tiros nas costas
dentro do carro do namorado, na noite da última quarta-feira, em Mairiporã (Grande SP). Ninguém foi preso.
Segundo a polícia, Adriana recebeu a ligação de um
suposto cliente que estaria
com o carro apreendido em
uma delegacia da cidade e se
dirigia ao local para atendê-lo quando o Hyundai prata
em que estava foi abordada
por criminosos, que desceram de um Fiat Siena prata,
por volta das 21h.
Um dos homens atirou
contra a advogada. Um tiro
atravessou o tórax dela e
acertou seu namorado, que
dirigia o automóvel. Ele estava foi hospitalizado, mas não
corre risco de morrer. O nome
dele não foi divulgado.
Nenhuma das duas delegacias de Mairiporã registrou
ocorrências com apreensão
de veículos nesse horário, segundo a polícia. Por esse motivo, a polícia suspeita de que
a advogada tenha sido morta
em uma emboscada.
Adriana foi morta em um
trecho da estrada da Roseira,
próximo à divisa de Mairiporã com o bairro do Tremembé
(zona norte de São Paulo).
Horas depois, policiais encontraram o carro utilizado
pelos suspeitos -que havia
sido roubado- queimado,
na estrada do Mato Dentro,
em Mairiporã. A polícia não
informou onde ocorreu o
roubo do automóvel.
A Polícia Civil solicitou ontem à Justiça a quebra do sigilo telefônico da vítima.
Investigadores querem colher o depoimento do namorado da advogada, um comerciante de 40 anos, para
tentar esclarecer o crime.
"O primeiro foco da investigação é obter a quebra do
sigilo telefônico da vítima,
para sabermos o local em que
ela estava quando falou com
esse suposto cliente e de onde ele ligou", disse o delegado Marcos Carneiro.
Até a conclusão desta edição, a polícia não tinha nenhuma pista de suspeitos.
Em Mairiporã, 40% dos
homicídios são de vítimas levadas de cidades vizinhas
para serem assassinadas lá,
segundo dados da polícia.
Entre janeiro de 2006 e o
mês passado, 44 corpos, em
sua maioria da capital e de
Guarulhos (Grande SP), foram achados em locais ermos
da cidade. No período, Mairiporã teve 108 homicídios.
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