São Paulo, domingo, 07 de agosto de 2011

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ARTHUR PINTO RIBEIRO CANDAL (1935-2011)

Economista devorador de livros

ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

Um livro novo de economia no mercado significava mais um livro na estante de Arthur Pinto Ribeiro Candal.
Parte das publicações ele comprava pela internet, mas, sempre que podia, viajava ao exterior e voltava com as malas "pesadíssimas", carregadas de lançamentos, como conta a irmã, Maria Celeste.
A coleção também incluía obras de química. Desde a década de 1970, quando ajudou na implantação do Polo Petroquímico de Camaçari, o primeiro do Brasil, passou a se especializar no assunto.
Por mais de 30 anos, foi assessor especial de assuntos econômicos da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química) e representante brasileiro em congressos internacionais da área.
Trabalhou ainda no Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e no Ministério da Indústria e Comércio durante o governo Médici.
Antes de se tornar economista -a primeira faculdade foi de direito-, também participou de um projeto de industrialização da Bolívia organizado pela ONU.
Divorciado e sem filhos, dedicava a vida ao trabalho e às leituras, diz Maria Celeste. "Mas ele sempre se preocupou muito comigo e com os sobrinhos. Vinha aqui em casa todos os domingos."
Fumou por mais de 50 anos, de quatro a cinco maços de cigarros por dia. Há cerca de quatro anos, após ser internado, largou o vício de um dia para o outro, após descobrir que sofria de enfisema pulmonar.
Morreu na terça-feira (2), aos 76, de infarto. A missa do sétimo dia será na quinta-feira, às 18h30, na paróquia Santa Mônica, Leblon, Rio.

coluna.obituario@uol.com.br


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