São Paulo, domingo, 07 de agosto de 2011

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Ciclista cobra placas e fiscalização na primeira ciclorrota

Iniciativa consiste em um circuito nas ruas do Brooklin apontando a motoristas que bicicletas têm preferência

CET afirma que existem fiscais no trajeto, aberto há 15 dias em SP, mas que as placas não estão previstas na legislação

DE SÃO PAULO

Quase 20 dias depois da inauguração da primeira ciclorrota da cidade, no Brooklin (zona sul), ciclistas criticam a falta de fiscalização de velocidade dos carros e ausência de placas que orientem motoristas a manter distância de segurança dos ciclistas.
A ciclorrota é um circuito com sinalização nas ruas apontando aos motoristas que os ciclistas têm preferência, como assegura o Código de Trânsito Brasileiro.
Diferente de uma ciclovia ou ciclofaixa de lazer, nela, carros e bicicletas compartilham a rua. A ideia é gerar mudança de comportamento em ciclistas e motoristas.
Mas, desconhecida da maioria dos motoristas, uma regra prevista no código de trânsito não tem sido obedecida na rota, dizem ciclistas.
"Teve um momento que eu estava próximo da avenida Roque Petroni Júnior e um carro, para aproveitar o farol, me ultrapassou colado", afirma Sílvia Oliveira, 30, professora de educação física.
Para Sílvia, que pedala todos os dias e usa o trajeto eventualmente, a rota poderia ter placas que indicassem que manter a distância de 1,5 m é obrigatório.
Ela relata ainda que os carros não têm respeitado a velocidade de 30 km/ h, sinalizada nas vias para aumentar a segurança de quem pedala. Também reclama de não ter visto agentes da CET.

CONSCIENTIZAÇÃO
Albert Pellegrini, coordenador de pesquisa da Ciclocidade (Associação de Ciclistas Urbanos de São Paulo), diz que a iniciativa de sinalizar uma ciclorrota pode passar uma mensagem dupla: a de que a bicicleta é permitida só nas vias sinalizadas.
Para evitar isso, ele defende uma campanha mais ampla de conscientização, como a que foi feita para o respeito ao pedestre na faixa.
Ao menos uma mudança no comportamento dos motoristas, embora restrita à ciclorrota, já foi percebida.
Segundo Sílvia, no trajeto sinalizado não se ouve motoristas gritando para o ciclista ir para a calçada ou para o parque. "Fora da rota a gente ouve o tempo todo".
Segundo a CET, "placas para lembrar o motorista que ele deve, por lei, manter distância mínima de 1,5 m do ciclista durante ultrapassagem não estão previstas no Código de Trânsito Brasileiro e, por isso, não podem ser implantadas na via pública".
Segundo o órgão, há agentes nos cruzamentos da rua Chafic Maluf com a av. Roque Petroni Junior, desta com a rua Cancioneiro Popular e na interseção da av. Santo Amaro com a rua Verbo Divino.
(VANESSA CORREA)


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