da Reportagem Local

A mãe do motoboy preso, Maria Helena Pereira, 51, disse anteontem à noite, ao visitar o filho, que não acredita que ele seja o maníaco do parque. "Só acredito que o meu filho é o culpado quando ouvir da boca dele."
Maria Helena e o marido, Nelson Pereira, 51, foram à sede do DHPP pouco antes das 22h, com autorização do secretário da Segurança, José Afonso da Silva. Naquele momento, Francisco passava por exame de corpo de delito.
O programa da TV Record "Ratinho Livre", que exibiu o encontro ao vivo, registrou anteontem o maior índice de audiência já alcançado pela rede, segundo a pesquisa que vale como prévia do Ibope na Grande São Paulo. Das 21h31 às 21h34, a emissora teve 38 pontos, contra 16 da Globo.
Considerando o programa todo, das 20h42 às 22h53, Ratinho teve 27 pontos de média, contra 31 da Globo. Cada ponto equivale a cerca de 80 mil telespectadores na Grande São Paulo.
Viagem
Os pais tinham ido antes para a casa de um irmão de Nelson no Estado de Mato Grosso do Sul havia cerca de uma semana e procuravam o filho na região.
Antes da visita ao filho, Nelson disse querer levar um pouco de paz ao motoboy e pedir que fosse forte para suportar a situação.
"Fico mais tranquilo agora porque, além de saber que meu filho está em segurança, apesar da situação, a população também ficará mais tranquila", disse Nelson.
O pai do motoboy disse que não sabe se o filho é culpado. "Busco a verdade. Espero que haja justiça, seja ela boa ou cruel".
O pai reafirmou que pediria que o filho fosse forte para enfrentar a verdade e que esperava que ele reencontrasse Deus.
Após o encontro com Francisco, que durou cerca de 15 minutos, Maria Helena saiu chorando e amparada. Nelson disse que o filho chorou muito durante o encontro.
Segundo Nelson, o filho disse não ter cometido os crimes. Quando perguntaram se ele acreditava na resposta do filho, Nelson disse: "Não posso dizer que sim nem não. Isso tem de ser apurado."
Condenação
O pai afirmou ainda acreditar que seu filho já tenha sido condenado pela população, que o deseja ver massacrado e até morto. "Mas a população julga por aquilo que ouve, não pelos fatos. Mas nunca ninguém o viu matar ninguém."
Com relação às famílias das vítimas do maníaco, o pai do motoboy disse lamentar o ocorrido, pois "sabe o que é sofrer por causa de um filho".



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