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Ex-PM Rambo, da favela Naval,
é condenado a 3 anos e 8 meses
ANDRÉ LOZANO
da Reportagem Local
O ex-PM Otávio Lourenço Gambra, o Rambo, acusado de envolvimento no caso da favela Naval,
em Diadema (Grande SP), foi condenado anteontem a três anos e
oito meses de detenção pela 1ª Auditoria da Justiça Militar de São
Paulo. A defesa anunciou ontem
que vai recorrer.
Gambra e outros nove ex-policiais foram flagrados por um cinegrafista, em março de 97, espancando pessoas que passavam em
uma rua da favela. O conferente
Mário Josino foi morto no bloqueio. Gambra é acusado de ser o
autor do tiro.
O ex-PM foi condenado a um
ano pelo crime de prevaricação
-por não ter encaminhado à delegacia um motorista sem habilitação parado no bloqueio policial.
Ele foi condenado ainda a um
ano pela participação no espancamento do músico Silvio Calixto.
Na fita, Gambra aparece dando
um cassetete para o ex-PM Nélson
Soares da Silva Júnior continuar as
agressões contra o músico.
Gambra recebeu ainda um ano
de detenção pelos golpes contra
Jefferson Caputi. A Gambra foi
imposta ainda a pena de oito meses pela co-autoria na agressão
contra Antonio Carlos Dias. O regime determinado para o cumprimento da pena foi o semi-aberto.
O julgamento de anteontem
-que levou 12 horas e 30 minutos- aconteceu após três adiamentos provocados pela defesa do
réu. A sentença foi lida às 22h45
pelo presidente do Conselho Especial de Justiça da 1ª Auditoria, coronel José Flávio Turessi.
O advogado de Gambra, Gamalher Corrêa, argumentou que seu
cliente foi vítima de um "crime
preparado, arquitetado" para pegá-lo, assim como os outros nove
PMs envolvidos no episódio.
Corrêa alegou que as vítimas dos
espancamentos sabiam que a operação estava sendo filmada.
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