São Paulo, sábado, 07 de setembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ACIDENTE

Suspeita é que tenha havido falha no motor da aeronave

Avião cai em aeroporto de Belém e deixa dois mortos e dois feridos

MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

A queda de um monomotor no início da tarde de ontem, em Belém, provocou a morte do piloto e do co-piloto e deixou os dois passageiros gravemente feridos. A suspeita é de pane no motor.
O avião caiu em um terreno da Aeronáutica no aeroporto Júlio César, cinco minutos após decolar, segundo a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), quando a tripulação tentava retornar ao aeroporto. Segundo testemunhas, o piloto desviou de um colégio onde havia cerca de cem crianças.
O comerciante José Gomes, 45, que passava pelo local na hora do acidente, disse que um ferido pulou do avião antes da queda, que ocorreu a 15 metros da avenida Júlio César, uma das mais movimentadas de Belém. Morreram carbonizados Mário Gomes, piloto, e Daniel da Cruz Oliveira, co-piloto. Os passageiros, o delegado Luiz Carlos Pereira Barbosa, 42, e o investigador Ednaldo Araújo da Silva, 40, tiveram fraturas e queimaduras de primeiro grau.
Segundo o tenente Luís Rosal, do 1º Comando da Aeronáutica, o avião, prefixo PT-NCX, modelo Carioca, foi fabricado pela Embraer. "Aparentemente houve falha técnica." O avião, que era do delegado, ia para Altamira (PA).
Segundo o empresário Marcos Fernandes, duas tentativas anteriores de decolagem tinham sido abortadas por falha mecânica. "O avião passou a manhã em manutenção. Um dos passageiros teve medo e não queira mais voar, mas foi convencido pelos outros."
Fernandes também disse que os passageiros levavam dinheiro no vôo, mas ele não sabia o valor.


Texto Anterior: Há 50 anos
Próximo Texto: Rio: Beira-Mar é vigiado por 200 homens
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.