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Interdição muda rotina no parque da Aclimação
Trabalho obstrui parte da pista de cooper, obrigando a dar meia-volta
"Bloqueio quebra o meu
ritmo", diz corredora;
"Volto tranquilamente,
porque sei que a obra é
importante", diz outra
RAPHAEL VELEDA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As obras de recuperação
do lago do parque da Aclimação (zona sul de São Paulo)
geraram controvérsia e algumas queixas entre frequentadores da pista de cooper que
circunda o espelho d'água.
Iniciados na sexta-feira, os
trabalhos bloquearam um
trecho da pista, obrigando os
usuários a dar meia-volta para completar o trajeto total,
de 1 km. Na obra, a prefeitura
está substituindo um equipamento destruído pelas chuvas em fevereiro de 2009, o
que esvaziou o lago.
Tapumes interditam o trecho da pista que passa em
frente ao clube-escola.
"Vou procurar outro lugar
para correr", lamentou ontem a publicitária Ana Rita
Conceição, 28. "Venho aqui
cinco vezes por semana. Fica
do lado da minha casa, mas
meço meu desempenho pelo
número de voltas, e esse bloqueio quebra o meu ritmo",
reclamou. "Não é possível
que a construtora não pudesse fazer um desvio."
Segundo a prefeitura, porém, a obra requer a retirada
de todo o asfalto e a escavação da barragem naquele
ponto. Até parte da arquibancada do campo de futebol foi demolida.
A psicóloga Vanessa Costa, 37, não vê problemas em
dar meia-volta quando chega
ao tapume. "Eu retorno tranquilamente, porque sei que é
uma obra importante", disse.
"Espero que coloquem
mais peixes quando terminarem essa obra", disse a estudante Jussara Açairana, 26,
que estranhou a movimentação de máquinas e operários.
"É pena que tiveram que fechar parte da pista. Acho que
desestimula quem corre."
A previsão é que a pista seja entregue à população em
cinco meses, com o novo vertedouro que vai escoar a
água excedente do lago. A
obra custará R$ 600 mil.
Frequentador do parque
desde a infância, o aposentado Josemir Duarte, 53, acompanhava o trabalho dos operários na tarde fria de ontem.
"Já era hora de uma solução definitiva para esse problema. O triste é que as intervenções são sempre corretivas, em vez de preventivas."
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