São Paulo, terça-feira, 07 de setembro de 2010

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Governo federal confirma reações à vacina da raiva

Ministério da Saúde, que havia negado problemas, emitiu nota de alerta

Lote suspeito foi usado nas cidades de São Paulo e Guarulhos e provocou complicações em cachorros e gatos

RACHEL BOTELHO
DE SÃO PAULO

Uma nota técnica do Ministério da Saúde confirmou o alto índice de complicações em animais vacinados contra a raiva no Estado de SP.
O material, divulgado a profissionais do setor e obtido pela Folha, diz que o lote n.º 59/10 foi o único usado em São Paulo e Guarulhos, onde os casos de reações adversas se concentram.
Há duas semanas, o ministério disse que não havia problemas com a vacina e que a campanha -suspensa no Estado em 20 de agosto após mortes de sete animais- deveria continuar.
Procurado ontem, não comentou a nota técnica e informou que detalhes serão divulgados nesta semana.
Estudo feito pelas secretarias estadual e municipal de Saúde aponta que o número de complicações em cães e gatos na cidade de São Paulo foi 177 vezes maior em 2010 do que no ano passado.
Em 2009, 53 reações foram registradas, uma incidência de 0,05 casos a cada mil doses. Agora, passou para 2.198 reações, o que representa 8,88 a cada mil. No interior, o índice é de 1,13 a cada mil.
A vacina, produzida pelo laboratório Biovet, está sendo usada pela primeira vez na rede pública.
Uma investigação dos casos deve ser concluída em 15 dias. Até lá, a secretaria estadual decidiu manter a campanha suspensa.
Em todo o Estado, 2.627 animais imunizados tiveram reações adversas associadas, sendo 1.903 gatos, 713 cães e 11 em processo de identificação. Desses, 66 morreram.

LABORATÓRIO
O Biovet informou que a qualidade da vacina foi comprovada em testes feitos pelo Laboratório Nacional Agropecuário, ligado ao Ministério da Agricultura, e que está realizando análises internas.


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