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Vítima sonhava ser obreira
da Reportagem Local
Ana Germana Rafael, 38, morta
anteontem no desabamento do
templo da Igreja Universal do Reino de Deus, em Osasco, frequentava a igreja desde o início de 1996.
Antes de se converter à nova religião, Ana e sua irmã Ângela Aparecida Rafael eram católicas.
De acordo com Ângela, ambas
frequentavam as reuniões na igreja sempre juntas. "Íamos cantando com fervor", disse.
Ana trabalhava no comércio de
Osasco vendendo presilhas, mas
estava desempregada havia vários
meses, segundo Ângela.
Depois que perdeu o emprego,
Ana passou a colaborar com a
igreja fazendo pregações do evangelho a outras pessoas.
"Seu sonho era um dia se tornar
obreira da igreja", disse Cristiane
Rafael, 19, filha de Ana, que também participava da vigília no dia
do desabamento.
Outros desejos de Ana, segundo
a irmã, eram juntar dinheiro para
comprar um Monza vermelho e
sua própria casa, pois morava nos
fundos da casa de seu pai.
Cristiane e sua irmã, Aparecida
de Fátima Rafael, 15, estavam ao
lado da mãe no momento do acidente, mas escaparam com vida.
Cristiane teve apenas arranhões
nos braços e Aparecida um ferimento na testa.
Apesar de triste, Ângela disse estar consolada com a morte da irmã. "Pelo menos, ela morreu
buscando Deus. Pior seria se ela
tivesse morrido num acidente, na
rua. Agora a gente sabe que ela está com Deus", disse.
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