São Paulo, sábado, 07 de outubro de 2006

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Albert Einstein começa construção de novo complexo

Obra de ampliação do hospital no Morumbi está estimada em R$ 350 milhões e deve terminar somente em 2012

Segundo presidente da instituição, novos prédios devem mudar modelo de gestão hospitalar, e não apenas ampliar instalações

CLÁUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Hospital Israelita Albert Einstein inicia na segunda-feira a construção de um novo complexo de R$ 350 milhões. O número de leitos passará de 460 para 700, o de consultórios, de 100 para 200 e o de salas cirúrgicas, de 28 para 40. As obras seguem até 2012.
Em uma área anexa à unidade do Morumbi, de 145 mil metros quadrados, serão construídos três novos prédios -de ambulatórios e consultórios, do centro cirúrgico e de tratamentos de alta complexidade e do centro administrativo.
O primeiro imóvel do novo complexo do hospital deve ficar pronto no ano que vem.
Os recursos para a obra vêm da Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein, de financiamento do BNDES e de doações de beneméritos, segundo Claudio Luiz Lottenberg, presidente da instituição.
"O hospital está crescendo e tem tido uma taxa de ocupação, de 80%, o que nos orgulha de um lado mas nos preocupa de outro. Quando isso acontece, nos preocupamos com os processos de qualidade. Por isso, temos que nos precaver", disse o presidente da instituição.

Novo modelo
Segundo ele, o Albert Einstein não está simplesmente ampliando suas instalações, mas sim "se redesenhando" para um novo modelo hospitalar que, entre outras características, prioriza o atendimento ambulatorial e reduz o tempo de internação em razão de cirurgias minimamente invasivas e de drogas com menos efeitos colaterais.
A proposta, segundo ele, é de separar os fluxos de procura de pacientes internos (internados) dos externos (que chegam ao hospital para determinado procedimento). "Hoje, há uma demanda muito grande para o paciente fazer o procedimento e ir embora para casa", diz.
Para atender a essa necessidade, será criada uma clínica-dia, com 30 leitos, e mais 200 consultórios.
"A proposta também é montar uma estrutura de exames subsidários mais ágil e que não crie um fluxo competitivo entre pacientes internados e de fora", explica Lottenberg.
As áreas da cardiologia, da oncologia e da neurologia serão as mais privilegiadas, com a criação de áreas integradas.
A idéia, esclarece Lottenberg, é que, além de uma equipe multiprofissional afinada com a área, os recursos tecnológicos necessários para diagnóstico e tratamento do paciente estejam no mesmo setor.
"No andar onde está a cardiologia, é muito importante que você tenha um ecocardiógrafo, não um aparelho de ultra-som normal. No andar da neurologia, é importante que tenha a tomografia, equipamento que não seria tão útil no andar da gastrocirurgia."
O plano de cirurgia prevê ainda a construção de um novo auditório dentro do complexo hospitalar, com capacidade para 500 pessoas, e de mais vagas de estacionamento.


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