São Paulo, terça-feira, 07 de outubro de 2008

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Guerra de preços afeta qualidade dos cursos, dizem analistas

DA REPORTAGEM LOCAL

Especialistas ouvidos pela Folha dizem que a qualidade fica ameaçada na guerra de preços do ensino superior.
Para Carlos Monteiro, presidente da CM Consultoria, a concorrência afeta principalmente as classes C e D, que "têm um perfil sensível ao preço". "Ninguém está trocando em razão de qualidade."
Segundo João Palma Filho, vice-presidente do Conselho Estadual de Educação de São Paulo, do ponto de vista da legislação, não há nada que impeça a disputa pela mensalidade mais barata. Mas ele alerta: "Estão tendo que baixar o preço para enfrentar a competição. Com isso, cai a qualidade, reduzem salário de professor, dispensam doutores", diz.
Marco Aurélio Ribeiro, secretário da regional São Paulo do Andes (sindicato dos docentes do ensino superior), diz que os preços muito baixos prejudicam os investimentos em laboratórios e em pesquisa.
O MEC fala que não tem como controlar a mercantilização do ensino particular e que o objetivo da medida -que barateia e facilita a transferência- é permitir o movimento em busca de qualidade, não de preço.
A Uninove não comenta a perda de estudantes nem diz quantos deixaram a instituição.


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