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Guerra de preços afeta qualidade dos cursos, dizem analistas
DA REPORTAGEM LOCAL
Especialistas ouvidos pela
Folha dizem que a qualidade fica ameaçada na guerra de preços do ensino superior.
Para Carlos Monteiro, presidente da CM Consultoria, a
concorrência afeta principalmente as classes C e D, que
"têm um perfil sensível ao preço". "Ninguém está trocando
em razão de qualidade."
Segundo João Palma Filho,
vice-presidente do Conselho
Estadual de Educação de São
Paulo, do ponto de vista da legislação, não há nada que impeça a disputa pela mensalidade
mais barata. Mas ele alerta:
"Estão tendo que baixar o preço para enfrentar a competição.
Com isso, cai a qualidade, reduzem salário de professor, dispensam doutores", diz.
Marco Aurélio Ribeiro, secretário da regional São Paulo
do Andes (sindicato dos docentes do ensino superior), diz que
os preços muito baixos prejudicam os investimentos em laboratórios e em pesquisa.
O MEC fala que não tem como controlar a mercantilização
do ensino particular e que o objetivo da medida -que barateia
e facilita a transferência- é
permitir o movimento em busca de qualidade, não de preço.
A Uninove não comenta a
perda de estudantes nem diz
quantos deixaram a instituição.
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