São Paulo, quinta-feira, 07 de novembro de 2002

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SAÚDE

Encontro em SP define nova cara da luta anti-Aids

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A 1ª Conferência Municipal de DST/Aids de São Paulo foi aberta ontem à noite com o propósito de estabelecer a nova "cara" da luta contra a doença no país. A cidade, com 21 mil doentes em tratamento e mais de 100 mil pacientes e portadores, concentra um quinto de todos os casos do país.
A nova estratégia só não será mais petista porque os principais programas do país sempre estiveram ocupados por pessoal próximo ao partido, dizem especialistas da área. De todo modo, a 1ª conferência de São Paulo deve antecipar o que será colocado em prática no país com o novo governo. O objetivo é que todos os segmentos da sociedade participem da elaboração da nova política.
"Universidades, governos e ONGs de todas as áreas participarão dessa política", diz Fábio Mesquita, coordenador do programa municipal de Aids.
O país assistiu a uma queda na mortalidade a partir de 96, mas o número de mortes deixou de cair nos últimos três anos. O desafio está em criar mais e ousar, reduzindo a mortalidade sem colocar em risco uma política que vem sendo modelo para o mundo.
A conferência de São Paulo, aliás, será uma espécie de abertura da temporada de indicações de nomes para os cargos que podem vagar na Coordenação Nacional de Aids com a troca de governo. A diferença nesta área, é que as equipes vêm trabalhando em sintonia desde que Paulo Teixeira, o atual coordenador nacional, criou o primeiro programa em São Paulo, quase 20 anos atrás.
No encontro, que vai até amanhã, São Paulo mostrará que de cada R$ 3 gastos com Aids na cidade -incluindo de camisinha a medicamentos do coquetel-, R$ 2 veio do governo federal e R$ 1 do município. No ano passado, por exemplo, a prefeitura gastou R$ 29,8 milhões contra R$ 60 milhões do Ministério da Fazenda.


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