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SAÚDE
Encontro em SP define nova cara da luta anti-Aids
AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A 1ª Conferência Municipal de
DST/Aids de São Paulo foi aberta
ontem à noite com o propósito de
estabelecer a nova "cara" da luta
contra a doença no país. A cidade,
com 21 mil doentes em tratamento e mais de 100 mil pacientes e
portadores, concentra um quinto
de todos os casos do país.
A nova estratégia só não será
mais petista porque os principais
programas do país sempre estiveram ocupados por pessoal próximo ao partido, dizem especialistas da área. De todo modo, a 1ª
conferência de São Paulo deve antecipar o que será colocado em
prática no país com o novo governo. O objetivo é que todos os segmentos da sociedade participem
da elaboração da nova política.
"Universidades, governos e
ONGs de todas as áreas participarão dessa política", diz Fábio Mesquita, coordenador do programa
municipal de Aids.
O país assistiu a uma queda na
mortalidade a partir de 96, mas o
número de mortes deixou de cair
nos últimos três anos. O desafio
está em criar mais e ousar, reduzindo a mortalidade sem colocar
em risco uma política que vem
sendo modelo para o mundo.
A conferência de São Paulo,
aliás, será uma espécie de abertura da temporada de indicações de
nomes para os cargos que podem
vagar na Coordenação Nacional
de Aids com a troca de governo. A
diferença nesta área, é que as
equipes vêm trabalhando em sintonia desde que Paulo Teixeira, o
atual coordenador nacional, criou
o primeiro programa em São
Paulo, quase 20 anos atrás.
No encontro, que vai até amanhã, São Paulo mostrará que de
cada R$ 3 gastos com Aids na cidade -incluindo de camisinha a
medicamentos do coquetel-, R$
2 veio do governo federal e R$ 1
do município. No ano passado,
por exemplo, a prefeitura gastou
R$ 29,8 milhões contra R$ 60 milhões do Ministério da Fazenda.
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