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Menino morre após cair de banana boat
O acidente aconteceu no último domingo, em Porto Seguro, litoral sul da Bahia; a cabeça do garoto de 7 anos foi arrancada
Investigação apura se a morte foi causada pela lancha que puxava o barco inflável ou pelo cabo que ligava as duas embarcações
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
O garoto mineiro Lucas Dias
de Almeida, de sete anos, teve a
cabeça decepada ao cair de um
banana boat (barco inflável)
em Porto Seguro, litoral sul da
Bahia. A morte do menino
aconteceu na tarde de domingo
na praia de Taperapuã, minutos antes de o barco voltar à
areia, e foi presenciada pelos
turistas que estavam no local.
Os familiares e responsáveis
das cinco crianças e adolescentes que faziam o passeio estavam na beira da praia, fotografando a chegada do grupo. Lucas estava em Porto Seguro
com a madrasta. O pai dele estava em uma cidade vizinha.
Além de Lucas, nenhum outro ocupante do banana boat ficou ferido. Dois condutores estavam na lancha que puxava o
barco inflável, uma das diversões preferidas pelos turistas
que visitam Porto Seguro. Comum nas praias da cidade, o
passeio de 20 minutos no banana boat custa R$ 10 por pessoa.
Até as 18h de ontem, soldados do Corpo de Bombeiros e
mergulhadores da Marinha
ainda não tinham encontrado a
cabeça do garoto.
Testemunhas
Testemunhas relataram à
Polícia Civil e à Capitania dos
Portos que o banana boat virou
após fazer a última "manobra
radical" -comum nesse tipo de
passeio- e minutos antes de
voltar à praia.
"Somente o laudo irá apontar
se a cabeça do menino foi arrancada pela hélice da lancha
ou pelo cabo que ligava a embarcação ao banana boat", disse
o tenente André Gomes, agente
da Capitania dos Portos.
Preliminarmente, a perícia
informou que a hélice teria provocado o acidente. "Mas havia
um protetor de hélice na lancha. Então não podemos adiantar nada. Só com o laudo é que
saberemos oficialmente o que
aconteceu", disse Gomes.
"Foi muito triste tudo o que
aconteceu. Os meninos já estavam voltando [para a praia].
Após a manobra, todos se levantaram, menos o Lucas. Ficamos procurando por ele, enxergamos uma grande mancha
de sangue e o seu corpo boiando", disse à polícia Joniel Caires, responsável pela excursão
que levou parte da família do
menino para Porto Seguro.
O tenente Gomes disse que a
embarcação que transportava o
estudante mineiro estava regularizada. "O barco estava cadastrado, tinha autorização para
operar, havia coletes salva-vidas para todos os ocupantes, os
condutores são habilitados pela
Marinha e a embarcação estava
dentro das raias demarcadas."
A Marinha instaurou inquérito administrativo para apurar
as causas da morte. A Polícia
Civil também investiga o caso.
Ontem, a Capitania dos Portos informou que os dois tripulantes e o proprietário da embarcação, além de outras testemunhas, serão convocados para prestar depoimento. As
crianças e adolescentes serão
ouvidos como informantes.
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