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Moradores vão protestar contra Calçada da Fama, e
Promotoria abre inquérito
CRISTINA MORENO DE CASTRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Moradores do bairro de
Santa Cecília (centro de São
Paulo) vão protestar no próximo sábado contra a construção da Calçada da Fama.
Eles marcaram o ato público
em reunião na última quinta,
com cerca de 35 pessoas, à
qual a Folha esteve presente.
Os participantes, em sua
maioria da rua Canuto do Val,
onde está a calçada, disseram
que o alargamento do passeio
em dois metros só beneficiará a Rede Biroska -idealizadora e maior financiadora do
projeto, aprovado por lei de
janeiro de 2008. A Subprefeitura da Sé arca com R$ 77 mil.
A rede possui cinco bares,
que também tornam a rua barulhenta, segundo vizinhos.
Na reunião, o analista de suporte Claudio Brasil, 41, disse
que, mesmo após instalar janela antirruído, o barulho das
obras voltou a prejudicar o
sono da mulher e dos filhos.
Por isso, decidiu se mudar.
O Ministério Público abriu
um inquérito e pediu explicações à prefeitura, à Secretaria
Municipal de Transportes e
ao vereador Paulo Frange
(PTB), autor da lei.
Auditores do Tribunal de
Contas do Município constataram irregularidades na
obra, como a ausência de placas com prazos e orçamento.
A Subprefeitura da Sé disse
que já prestou esclarecimentos ao TCM. A CET disse que
recebeu o ofício do MP ontem e "vai fornecer todos os
dados a seu alcance" -a Calçada da Fama acabará com a
Zona Azul naquele trecho.
Wesley Machado, diretor
da Rede Biroska, alega que
propôs reuniões aos moradores para esclarecer dúvidas,
mas eles nunca participaram.
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