São Paulo, quinta-feira, 07 de dezembro de 2000

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OUTRO LADO

Cehab diz que há "boicote político"

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Apesar de o presidente da Cehab prever dificuldades para a entrega de 1.250 casas populares este ano no conjunto habitacional Nova Sepetiba, o governador Anthony Garotinho reafirmou através de sua assessoria que o cronograma está mantido.
"Serão 300 casas no dia 8 e 950 no dia 23", afirmou o governador.
Garotinho atribuiu o atraso às ações judiciais de "políticos que querem atrapalhar a continuidade de obras que vão dar dignidade e cidadania a 10 mil pessoas".
O presidente interino da Companhia Estadual de Habitação, Aluízio Costa, também aponta um "boicote político" como a principal causa para o atraso das obras do Nova Sepetiba.
Segundo Costa, o projeto "incomodou muita gente" e foi vítima de embargos judiciais e do atraso causado pela troca de presidentes do órgão.
Em abril, o então presidente Eduardo Cunha foi afastado pelo governador após denúncias de irregularidades na licitação das obras do Nova Sepetiba. Costa acredita que boa parte dos obstáculos serão superados.

Impacto ambiental
"Conseguimos a aprovação do Rima (Relatório de Impacto Ambiental) numa audiência pública. A secretaria municipal do Meio Ambiente está sensível ao projeto e disse que quando replantarmos as árvores as multas serão retiradas", disse o presidente da Cehab.
Costa admite que o Nova Sepetiba deve enfrentar mais resistência após a posse, em janeiro, do novo prefeito César Maia (PTB), desafeto político do governador.
Apesar de reconhecer o risco de favelização do local, Costa aposta que projetos sociais do Estado possam gerar emprego, saúde e transporte para os 40 mil novos moradores de Nova Sepetiba.


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