São Paulo, quinta-feira, 07 de dezembro de 2000

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OAB-RJ descobre advogados falsários

DA SUCURSAL DO RIO

Comissão Especial da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio de Janeiro concluiu que são falsários 16 dos 20 advogados que servem como intermediários de traficantes presos no presídio de segurança máxima Bangu 1, na zona oeste do Rio.
A comissão descobriu que, para ter livre acesso ao presídio que abriga os principais traficantes e sequestradores do Rio, eles utilizavam carteiras com números de inscrição vencidos e nomes de advogados mortos ou que mudaram de profissão.
A OAB enviará os nomes dos acusados ao Ministério Público para abertura de inquérito. No final da tarde de ontem, as secretarias de Justiça e de Segurança Pública do Rio tentavam descobrir o nome dos falsários para determinar sua prisão.
Além dos falsários, outros quatro advogados cujo envolvimento com o crime ficou comprovado responderão a processo disciplinar na OAB-RJ.
Advogados de presos de Bangu 1 começaram a ser investigados em outubro, após o assassinato da diretora do presídio, Sidneya dos Santos Jesus -morta no início de setembro-, que entregou à CPI do Narcotráfico uma lista de 130 advogados suspeitos de envolvimento com crime organizado.
A comissão da OAB vai pedir a modernização das revistas. A proposta é que os advogados passem a se submeter ao raio-X e ao detector de metais antes de entrar nos presídios e sejam proibidos de utilizar telefones celulares dentro das penitenciárias.


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