São Paulo, quinta-feira, 07 de dezembro de 2000

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Mais 2 projetos serão implementados

DA AGÊNCIA FOLHA

O Maranhão terá ainda outros dois projetos de preservação ambiental desenvolvidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Batizado de Gestão Biorregional Lençóis Maranhenses/Delta do Parnaíba, o primeiro deles tem por objetivo criar estratégias de conservação, uso sustentável das riquezas geradas e sua distribuição para a melhoria da qualidade de vida das pessoas da região.
Formado por cerca de 80 ilhas fluviais, o delta (foz caracterizada pela presença de ilhas assentadas à embocadura do rio) é o único do continente americano em mar aberto. "Por isso, o delta do Parnaíba é um dos mais importantes das Américas", disse Moacir Bueno Arruda, coordenador de Ecossistemas do Ibama.
"Em seu ecossistema próprio, os Lençóis Maranhenses (região composta por dunas, mangues e formação de restinga) representam um tipo de área desértica no Brasil com pluviosidade regular. Ambas (delta e Lençóis) estão interligadas, e estamos elaborando estratégias para gestão integrada e aproveitamento sustentável."
Arruda destacou também a participação da sociedade e de organizações não-governamentais no projeto, por meio de programas de educação ambiental e saneamento básico.
O outro projeto, chamado Representatividade Ecológica, vai identificar possíveis "lacunas" na conservação de áreas de preservação no Maranhão.
O primeiro passo será determinar cada ecorregião (com base em informações como tipo de vegetação, solo, relevo e paisagens naturais), representá-la e analisar como está sendo desenvolvida a sua preservação.
A partir disso, serão definidas estratégias para otimizar os trabalhos de proteção e conservação.
Segundo Arruda, o Maranhão foi escolhido por ser ponto de convergência dos quatro grande biomas brasileiros: caatinga (ao sudeste), cerrado (oeste), floresta Amazônica (norte) e ecossistemas costeiros (leste).
Ele disse que o governo federal, por meio do Plano Plurianual de Investimentos, vai investir R$ 140 mil anualmente no projeto, por três anos.



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